Inovação como Mecanismo de Fuga do Isomorfismo Organizacional

Autores

  • Elnivan Moreira Souza Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Rodrigo Abnner Gonçalves Menezes Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Camila Franco Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Paulo César Sousa Batista Universidade Estadual do Ceará - UECE

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2013.v13i2.498

Palavras-chave:

Inovação, Isomorfismo, Teoria Institucional, Competição

Resumo

A hipercompetitividade contemporânea faz com que dois conceitos dos estudos organizacionais entrem em conflito. A inovação, utilizada pelas empresas como ferramenta de diferenciação e o isomorfismo, tratado pela teoria institucional como a tendência que as organizações possuem para tornarem-se semelhantes. O presente artigo, caracterizado aqui como um ensaio teórico, possui como objetivo abordar como a inovação pode ser utilizada como mecanismo de fuga do isomorfismo organizacional. A importância da inovação se dá pelo impacto que esta causa na economia e no comportamento dos mercados, despertando o interesse governamental, empresarial e acadêmico pelo assunto. Da mesma forma, a importância do isomorfismo se dá pelo caráter que este aborda de consolidar e fortalecer as instituições. Sugere-se ao final do ensaio um framework que clarifica as ideias e os conceitos discutidos.

Biografia do Autor

Elnivan Moreira Souza, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Mestrando em Administração pela Universidade Estadual do Ceará - UECE Esp. em Gerência Executiva de Marketing e Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Ceará - UFC

Rodrigo Abnner Gonçalves Menezes, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Mestrando em Administração pela Universidade Estadual do Ceará - UECE Esp. em Administração Financeira pela Universidade Regional do Cariri - URCA Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Leão Sampaio - FALS

Camila Franco, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Mestranda e Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará - UECE

Paulo César Sousa Batista, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Doutor e Mestre em Economia pela Universidade de Illinois. Graduado em Economia pela Universidade Estadual do Ceará - UECE Professor Adjunto da Universidade Estadual do Ceará - UECE

Referências

ALENCAR, E. A gerência da criatividade. São Paulo: Makron Books, 1997.

ANDREASSON, Lena; HENFRIDSSON, Ola. Digital Differentiation, software product lines, and the challenge of isomorphism in innovation: a case study. 17th European Conference on Information Systems.

BARBIERI, J C.; VASCONCELOS, I. F. G.; ANDREASSI, T.; VASCONCELOS, F. C. Inovação e Sustentabilidade: novos modelos e proposições. Revista de Administração de Empresas. São Paulo. v. 50, n 2. abr./jun. 2010. p. 146-154.

BESANKO, D.; DRANOVE, D.; SHANLEY, M. Economics of Strategy. New York, John . Wiley & Sons, 2000.

CALIA, Rogério Cerávolo; GUERRINI, Fábio M. A difusão da produção mais limpa: isomorfismo ou inovação? In: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, Outubro de 2007.

CARNEIRO, A. Inovação – estratégia e competitividade. Lisboa: Texto Editora, 1995.

CASTILHOS, C. C. Inovação. In: CATTANI, A. D. (Org.). Trabalho e tecnologia:

dicionário crítico. Pertropólis: Vozes, p. 132-35, 1997.

CHATTERJI, Deb; MANUEL, Thomas A.; Benefiting from external sources of technology. Research Technology Management, pp. 21-26, Nov-Dez de 1993.

CHRISTENSEN, C.M. The innovator´s dilemma: the revolutionary national bestseller that changed the way we do business. New York: HarperBusiness, 285p., 2002.

CUTLER, W. Gale. Acquiring Technology from Outside. Research Technology Management, pp. 11-18, Maio-Junho de 1991.

DAMANPOUR, F. The Adoption of Technological, Administrative, and Ancillary Innovations: Impact of Organizational Factors. Journal of Management (13:4), p. 675, 1987.

______, F. Organizational Complexity and Innovation: Developing and Testing Multiple Contingency Models. Management Science (42:5), pp. 693-716, 1996.

DAMÁSIO, António R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das letras, 1996.

DIMAGGIO, Paul J; POWELL, Walter W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. In: RAE-clássicos, abr/jun 2005, Vol.45, n 2.

DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories: A suggested

interpretation of the determinants and directions of technical change. Research Policy

(11:3), pp. 147-162, 1982.

DOUGHERTY, D.; HARDY, C. Sustained Product Innovation in Large, Mature Organizations: Overcoming Innovation-to-Organization Problems. The Academy of Management Journal (39:5), pp. 1120-1153, 1996.

ETTLIE, J. E., and REZA, E. M. Organizational Integration and Process Innovation. The Academy of Management Journal (35:4), pp. 795-827, 1992.

FIGUEIREDO, P.; ANDRADE, R.; BRITO, K. Aprendizagem tecnológica e acumulação de capacidades de inovação: evidências de contract manufacturers no Brasil. RASUP, São Paulo, v.45, n.2, p. 156-171, abr/mai/jun. 2010.

FREEMAN, C. The Economics of Industrial Innovation. Harmondsworth: Penguin Books, 1974.

FREITAS, C. A. S.; GUIMARÃES, T. A. Isomorphism, Institutionalization and Legitimacy: operational auditing at the court of auditors. BAR, v. 4, n.1 p. 35-50, Jan/April 2007.

GUIDELLI, N. S.; BRESCIANI, L. P. Inovação e qualidade de vida no trabalho: uma visão integrada da gestão a partir de estudo de caso na indústria petroquímica do Grande ABC. RAUSP, São Paulo, v.45, n.1, p.57-69, jan./fev./mar. 2010.

GOPALAKRISHNAN, S. Unraveling the links between dimensions of innovation and organizational performance. Journal of High Technology Management Research, v. 11, n.1, p. 137-153, 2000.

HAGEDOORN, John. Schumpeter: an appraisal of his theory of innovation and entrepreneurship, MERIT, july,1994.

JONASH, R. S. O valor da inovação: como as empresas mais avançadas atingem alto desempenho e lucratividade. Rio de janeiro: Campus, 2001.

KOBERG, C.S.; DETIENNE, D.R.; HEPPARD, K.A. An empirical test of environmental, organizational, and process factors affecting incremental and radical innovation. Journal of High Technology Management Research, v.14, p.21-45, 2003.

LARANJA, M.D.; SIMÕES, V.C.; FONTES, M. Inovação Tecnológica- experiência das empresas portuguesas. Lisboa: Texto Editora, 1997.

LEIFER, R. et al. Radical innovation: how mature companies can outsmart upstars. Boston: HBSP, 2000.

LEITER, Jeffrey; PAYNE, Julianne. How is the isomorphism in Health Care Industry Generated Across Legal Forms, or Is It? Analysis of Australian and United States interviews. In: 8th International Conference of the International Soceity for Third-Sector Research (ISTR), Barcelona, July 9, 2008.

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; COSER, C. Redes de Relações Interorganizacinais no Campo Organizacional de Videira-SC. Revista de Administração Contemporênea. v. 10. n. 4. out/dez. 2006. p. 09-45.

OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica. Paris. OCDE, 2005

O´CONNOR, G.C.; HENDRICKS, R.; RICE, M.P. Assessing transition readiness for radical innovation. Research Technology Management, v.45, n.6, p.50-56, Nov. 2002.

PINTEC. Pesquisa de Inovação Tecnológica. IBGE, 2008

PORTER, Michael E. Competitive Strategy. Free Press, New York, 1980.

______, Michael E. Competitive Advantage. Free Press, New York, 1985.

POSSAS, Silvia. Concorrência e Competitividade: notas sobre a estratégia e dinâmica seletiva na economia capitalista. São Paulo: Hucitec, 1999.

REZENDE, M. A. P.; SEMENSATO, M. M.; ABIKO, A. K. A. Barreiras e facilitadores da Inovação Tecnológica na Produção de Habitações Populares. IX Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Foz do Iguaçu, Maio, 2002.

REIS, D. R. Gestão da Inovação Tecnológica. São Paulo: Manole, 2004.

ROSSETO, Carlos Ricardo; ROSSETO, Adriana Marques. Teoria institucional e dependência de recursos na adaptação organizacional: uma visão complementar. In: RAE – Eletrônica, v.4, n.1, art 7, jan/jul. 2005.

SBRAGIA, R.(Org.); STAL, E.; CAMPANÁRIO, M.A.; ANDREASSI, T. Inovação: como vencer esse desafio empresarial. SP: Editora Clio, 2006.

SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.

______, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

SLUIS, L. E. C. Van der. Desinging the workplace for learning and innovation. Development and learning organizations. V. 18, n. 5, pp. 10-13, 2004.

STENSAKER, Bjørn; NORGARD, Jorunn Dhal. Innovation and isomorphism: a case-study of university identity struggle 1969-1999. Kluwer academic publishers, 2001.

TÁLAMO, J. R. A inovação tecnológica como ferramenta estratégica. Revista Pesquisa & Tecnologia. FEI, n. 23, p. 26-33, 2002.

TEECE, D. J. Inter-Organizational Requirements of the Innovation Process. Managerial and Decision Economics (10), pp. 35-42, 1989.

______, D. J; JORDE, T. M. Innovation and cooperation: implications for competition and antitrust. Journal of Economic Perspectives, v. 4, n. 3, p. 75-96, 1990.

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Managing innovation – integrating technological, market and organizational change. 2 ed. England: John Wiley & Sons Ltd, 2001.

VASCONCELLOS, Eduardo; WAAK, Roberto; VASCONCELLOS, Liliana. Inovação e Competitividade. EnANPAD, 1997.

______, Eduardo; PAROLIN, Sônia R. H. Estratégia e Estruturas Inovativas: Estudo de Caso em Empresa de Alimentos Desidratados. XXIV Simpósio de Gestão da Inovação e Tecnologia. ANPAD, 2006

ZELL, D. Overcoming Barriers to Work Innovations: Lessons Learned at Hewlet- Packard. Organizational Dynamics. Summer, Vol. 30 Issue 1, p77-86, 10p., 2001.

Downloads

Publicado

2013-08-24

Como Citar

Souza, E. M., Menezes, R. A. G., Franco, C., & Batista, P. C. S. (2013). Inovação como Mecanismo de Fuga do Isomorfismo Organizacional. Revista Gestão & Tecnologia, 13(2), 72–93. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2013.v13i2.498

Edição

Seção

ARTIGO