Pesquisa & desenvolvimento (P&D): recursos no setor elétrico e sua relação com a geração não renovável de energia
DOI:
https://doi.org/10.20397/2177-6652/2021.v21i4.2254Palabras clave:
Pesquisa e desenvolvimento, Setor elétrico, Matriz energéticaResumen
Objetivo: O objetivo da pesquisa consiste em analisar os desembolsos efetuados pelas empresas do setor elétrico em P&D e sua relação com a geração líquida de energia por meio de matrizes energéticas não renováveis.
Metodologia/abordagem: A pesquisa foi realizada por meio de análise documental. Para a realização das análises, foram utilizadas regressões lineares simples e múltiplas, tendo os dispêndios com P&D como variável dependente, e a geração de energia não renovável e as informações contábeis de controle como variáveis independentes.
Originalidade/Relevância: Estudos de temas envolvendo fontes de energia e diversificação das Matrizes Energéticas se mostram fundamentais para a evolução do desenvolvimento econômico sustentável, principalmente para mitigar ameaças de apagões os quais o país enfrenta. A pesquisa possibilita a caracterização dos recursos aplicados em P&D na adaptação do setor aos desafios das demandas de mercados, cujas exigências por fontes renováveis e diversificadas representam uma realidade.
Principais resultados: Os resultados apontam relação positiva e significativa entre empresas cuja geração provém de fontes não renováveis e os dispêndios em P&D. Ademais, a inclusão da variável geração não renovável no modelo junto as variáveis de controle melhora o poder explicativo dos desembolsos efetuados com P&D.
Contribuições teóricas: É possível constatar que em virtude do cenário e das pressões mercadológicas para maior participação das Matrizes Energéticas renováveis na produção de energia, as empresas menos renováveis aplicam maiores recursos em P&D para se adequarem às futuras demandas.
Citas
Abban, A. R., & Hasan, M. Z. (2021). Revisiting the determinants of renewable energy investment - New evidence from political and government ideology. Energy Policy, 151, 112184
Agência Nacional de Energia Elétrica. (2012). Manual do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Recuperado em 16 fevereiro, 2021, de https://www.aneel.gov.br/documents/656831/14943930/Manual+P%26D+2012/eaef69f8-5331-43f8-b3ef-fab1c2775ed1
Agência Nacional de Energia Elétrica. (2015). P&D no Setor Elétrico Programa de P&D regulado pela ANEEL. Recuperado em 15 fevereiro, 2021, de https://www.aneel.gov.br/documents/656831/14942679/ANEEL-PeD-ABAQUE-Novembro2015.pdf/4a06dfa3-9b41-47b0-a4d6-19550027650d
Agência Nacional de Energia Elétrica. (2021). Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Recuperado em 14 setembro, 2021, de https://www.aneel.gov.br/programa-de-p-d/-/asset_publisher/ahiml6B12kVf/content/transparencia-na-spe/656831?inheritRedirect=false&redirect=https%3A%2F%2Fwww.aneel.gov.br%2Fprograma-de-p-d%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_ahiml6B12kVf%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-2%26p_p_col_pos%3D1%26p_p_col_count%3D3
Alves, A. P., Silva, T. G., Macedo, M. A. S., & Marques, J. A. V. C. (2011). A relevância dos gastos com P&D para o mercado brasileiro de capitais: um estudo com distribuidoras de energia elétrica no período de 2002 a 2009. RAI Revista de Administração e Inovação, 8(2), 216-239.
Amaral, G., Marx, R., & Salerno, M. (2017). Investigação sobre a organização do trabalho para a inovação e transição tecnológica no setor elétrico brasileiro. Gestão & Produção, 24(2), 236–247.
Andreassi, T., & Sbragia, R. (2002). Relações entre indicadores de P&D e de resultado empresarial. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, 37(1), 72-84.
Arrow, K. J. (1971). The Economic Implications of Learning by Doing. In Readings in the Theory of Growth (pp. 131–149). Palgrave Macmillan
Bellini, D., Oliveira, E. C., Lagioia, U. C. T., da Silva, A. C. B., & Melo, J. L. (2017). Energia eólica: desenvolvimento de geração de energia sustentável. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 8(2), 205-223.
Bondarik, R., Pilatti, L. A., & Horst, D. J. (2018). Uma visão geral sobre o potencial de geração de energias renováveis no Brasil. Interciencia, 43(10), 680-688.
Brittes, J. L. P., Salles, S. L. M., Filho, & Pfitzner, M. S. (2015). Avaliação do risco regulatório em pesquisa & desenvolvimento no setor elétrico brasileiro. Revista de Administração Contemporânea, 19(2), 193–211.
Bronzatti, F. L., & Iarozinski, A., Neto. (2008). Matrizes Energéticas no Brasil: cenário 2010-2030. Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 28.
Chen, J., Heng, C. S., Tan, B. C. Y., & Lin, Z. (2018). The distinct signaling effects of R&D subsidy and non-R&D subsidy on IPO performance of IT entrepreneurial firms in China. Research Policy, 47(1), 108–120.
Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. (1989). Innovation and learning: the two faces of R & D. The economic journal, 99(397), 569-596.
Colombo, M. G., Croce, A., & Guerini, M. (2013). The effect of public subsidies on firms’ investment–cash flow sensitivity: Transient or persistent? Research Policy, 42(9), 1605–1623.
Cuervo, F. I. (2016). Valoración de fuentes renovables no convencionales de generación de electricidad: un enfoque desde las opciones reales. Cuadernos de Administración, 28(51), 45–64.
Del Bo, C. F. (2016). The rate of return to investment in R&D: The case of research infrastructures. Technological Forecasting and Social Change, 112, 26-37.
Dupont, F. H., Grassi, F., & Romitti, L. (2015). Energias Renováveis: buscando por uma Matriz Energética sustentável. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 19, 70-81.
Empresa de Pesquisa Energética. (2021a). Fontes de Energia. Recuperado em 14 setembro, 2021, de https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-energia
Empresa de Pesquisa Energética (2021b). Plano Decenal de Expansão de Energia 2030. Recuperado em 04 setembro, 2021, de https://www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/noticias/plano-decenal-de-expansao-de-energia-2030-e-entregue-ao-presidente-da-republica/PDE2030.pdf
Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. D., & Chan, B. L. (2009). Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Elsevier
Greene, W. H. (2003). Econometric analysis. (5a ed.). New Jersey: Prentice Hall.
Heij, C., Heij, C., de Boer, P., Franses, P. H., Kloek, T., & van Dijk, H. K. (2004). Econometric methods with applications in business and economics. New York: Oxford University Press.
Henri, J. F. (2004). Performance measurement and organizational effectiveness: Bridging the gap. Managerial finance. 30(6), 93-123.
Ishiguro, Y. (2002). A energia nuclear para o Brasil. Makron Books.
Iudícibus, S. D. (2008). Análise de balanços. São Paulo: Atlas.
Kose, N., Bekun, F. V., & Alola, A. A. (2020). Criticality of sustainable research and development-led growth in EU: the role of renewable and non-renewable energy. Environmental Science and Pollution Research, 27(11), 12683–12691.
Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000. (2000). Dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 16 fevereiro, 2021, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9991.htm#:~:text=LEI%20No%209.991%2C%20DE%2024%20DE%20JULHO%20DE%202000.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20realiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20investimentos,el%C3%A9trica%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.
Lima, C., Mello, K., & Teixeira, L. (2019). Quais são os prós e contras do modelo energético no Brasil. Forbes. Recuperado em 16 fevereiro, 2021, de https://forbes.com.br/principal/2019/07/quais-sao-os-pros-e-contras-do-modelo-energetico-do-brasil/.
Lopes, M. C., & Taques, F. H. (2016). O Desafio da Energia Sustentável no Brasil. Revista Cadernos de Economia, 20(36), 71-96.
Macedo, M. A. S., & Corrar, L. J. (2012). Análise comparativa do desempenho contábil-financeiro de empresas com boas práticas de governança corporativa no Brasil. Revista Contabilidade e Controladoria, 4(1), 42-61.
Mantovani, P. R. A., Neumann, P. N., & Edler, M. A. R. (2016). Matriz Energética Brasileira: Em busca de uma nova alternativa. Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão, 4(1).
Meuleman, M., & Maeseneire, W. (2012). Do R&D subsidies affect SMEs’ access to external financing? Research Policy, 41(3), 580–591.
Miranda, A. L. B. B., Nodari, C. H., Nobre, L. H. N., & Veiga, A. R., Neto. (2019). Relação entre investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e relatórios de sustentabilidade: uma análise global. Innovar, 29(72), 131-146.
Montgomery, D. C., Peck, E. A., & Vining, G. G. (2021). Introduction to linear regression analysis. New Jersey: John Wiley & Sons.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (2002). Proposta de Práticas Exemplares para Inquéritos sobre Investigação e Desenvolvimento Experimental – Manual de Frascati. Coimbra, Portugal. Recuperado em 16 fevereiro, 2021, de http://www.uesc.br/nucleos/nit/manualfrascati.pdf
Queiroz, O. R. D. (2010). Impacto do crescimento dos gastos em P&D na taxa de crescimento dos lucros das empresas de acordo com o modelo OJ: um estudo no mercado de capitais brasileiro. Congresso Anpcont, Natal, RN, Brasil, 4.
Raven, R. P. J. M., Jolivet, E., Mourik, R. M., & Feenstra, Y. C. F. J. (2009). ESTEEM: Managing societal acceptance in new energy projects. A toolbox method for project managers. Technological Forecasting and Social Change, 76(7), 963–977.
Ribeiro, W. D. O. (2018) Investimentos em P&D e o desempenho de distribuidoras de energia elétrica no Brasil. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Roser, M. (2020). Why did renewables become so cheap so fast? And what can we do to use this global opportunity for green growth? Our World in Data. Recuperado em 16 fevereiro, 2021, de https://ourworldindata.org/cheap-renewables-growth?s=03
Salgado, A. P., Jr., Pimentel, L. A. D. S., Oliveira, M. M. B. D., & Novi, J. C. (2017). O impacto nas variações das Matrizes Energéticas e uso da terra: estudo sobre a eficiência ambiental do G20. REAd. Revista Eletrônica de Administração, 23(2), 306-332.
Santos, G. R. D. (2014). Infraestrutura de pesquisa em energias renováveis no Brasil. Boletim Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, 35, 7-18. Recuperado em 18 setembro, 2021, de http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3949
Silva, R. C., Marchi, I., Neto, & Seifert, S. S. (2016). Electricity supply security and the future role of renewable energy sources in Brazil. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 59, 328-341.
Sim, J. (2018). The economic and environmental values of the R&D investment in a renewable energy sector in South Korea. Journal of Cleaner Production, 189, 297–306.
Soares, P. M., Rocha, A. M., Silva, M. S., Lopes, J. M., Silva, M. V. D. C., Hocevar, L. S., & Borges, D. B. (2020). Setor elétrico brasileiro: avaliação da evolução dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) (2008-2018). Brazilian Journal of Development, 6(6), 35094-35112.
Valor econômico. (2021). Ameaça de apagão expõe falta de diversificação da matriz elétrica no Brasil. Recuperado em 16 setembro, 2021, de https://valor.globo.com/patrocinado/projeto-especial-esg/noticia/2021/08/30/ameaca-de-apagao-expoe-falta-de-diversificacao-da-matriz-eletrica-no-brasil.ghtml
Wu, T., Yang, S., & Tan, J. (2020). Impacts of government R&D subsidies on venture capital and renewable energy investment -- an empirical study in China. Resources Policy, 68, 101715.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Revista Gestão & Tecnologia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Os direitos, inclusive os de tradução, são reservados. É permitido citar parte de artigos sem autorização prévia desde que seja identificada a fonte. A reprodução total de artigos é proibida. Em caso de dúvidas, consulte o Editor.
