Convergência em resultados de sistemas nacionais de inovação: uma análise a partir dos dados do Global Innovation Index

Authors

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2024.v24i1.2591

Keywords:

Sistemas Nacionais de Inovação, Eficiência de Inovação, Convergência, Global Innovation Index

Abstract

Objetivo: Este estudo testou as duas hipóteses para um grupo de 126 países através de dados do Global Innovation Index (GII), para os anos de 2013 e 2018. As hipóteses de convergência também foram testas separadamente dividindo os países em grupos de nível de renda: low income, lower middle income, upper middle income e high income.

Metodologia: A estimação dos parâmetros nos modelos de convergência é realizada por Mínimos Quadrados e dos erros padrão pelo estimador de White, além de apresentar as densidades de Kernel das variáveis.

Originalidade/relevância: Sistemas Nacionais de Inovação (SNI) é um approach muito difundido em pesquisas como na elaboração de políticas de desenvolvimento, especialmente a partir da década 1990. Desde então, um debate emergiu sobre se os sistemas de inovação estão ou não convergindo para os mesmos resultados em termos de inputs e eficiência de inovação entre países.

Resultados: Considerando todos os países, identificou-se tendência de convergência nos resultados de inputs e da eficiência dos sistemas nacionais de inovação, porém no sentido de piora nos valores das variáveis. Quando considerados em grupos de renda, os resultados de convergência apresentaram comportamento pouco diferente entre os grupos. Consideramos, portanto, confirmada a hipótese de convergência para a variável de inputs e de eficiência, porém em uma direção contrária aquela prevista pelos defensores do approach de SNI.

Contribuição: Evidenciação da dificuldade dos sistemas nacionais de inovação em sua capacidade de gerar os impactos esperados pelos seus defensores.

Author Biographies

Lucas Rodrigues Azambuja, IBMEC-BH

Professor no IBMEC-BH nos cursos de Administração, Economia, Direito e Relações Internacionais. Coordenador do Grupo de Pesquisa "Laboratório de Análise de Ambiente de Negócios" no IBMEC-BH. Professor no curso de Direito na SKEMA Business School - BH. Professor-tutor na WYDEN modalidade EAD. Pesquisador associado ao Grupo de Pesquisa "Sociedade, Economia e Trabalho" (UFRGS). Pós-Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015). Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2013). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Suas pesquisas trataram das áreas em ciências sociais ligadas à teoria social, nova tecnologias e risco político, conjuntura e risco político e sociologia econômica e das organizações.

Ari Francisco de Araujo Jr., IBMEC-BH

Mestre em Economia pela UFMG, Doutorando em Economia pelo PPGOM/UFPel, coordenador do curso de graduação de ciências econômicas do IBMEC-BH. Pesquisador do Centro de Empreendedorismo e Inovação (IBMEC-BH). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Métodos e Modelos Matemáticos, Econométricos e Estatísticos, atuando principalmente nos seguintes temas: mortalidade, economia do crime, economia e esportes, desenvolvimento econômico e economia política positiva.

Daniel Gustavo Mocelin, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Daniel Gustavo Mocelin é sociólogo, Doutor (2011) e Mestre em Sociologia (2006) e Bacharel (2002) e Licenciado (2008) em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mesma instituição onde exerce o cargo de Professor Associado, lotado no Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). É docente no Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFRGS e líder e pesquisador do Grupo de Pesquisa Sociedade, Economia e Trabalho (GPSET/UFRGS/DGPB-CNPq) e do Laboratório Virtual e Interativo de Ensino de Ciências Sociais (LAVIECS/UFRGS/DGPB-CNPq). Atua nas áreas de sociologia econômica, sociologia do trabalho, ensino de Sociologia na educação básica, metodologia da pesquisa sociológica e fundamentos da Sociologia. Estudioso das relações de trabalho e de emprego nas atividades de tecnologias da comunicação e da informação, tem publicações sobre o setor de telecomunicações que abordam as implicações sociais dos processos de reestruturação, privatização, liberalização, competição, expansão e terceirização sobre o perfil sócio-ocupacional dos empregados, as condições laborais e a dinâmica do mercado de trabalho. Desenvolveu pesquisas para discutir teórica e metodologicamente o tema da qualidade do emprego, no contexto da sociedade informacional. Atualmente vem desenvolvendo estudos sobre a cultura, os valores e as práticas de inovação de empreendedores de micro e pequenas empresas inovadoras e intensivas em conhecimento. É entusiasta da Sociologia escolar e da educação a distância (EaD) e ensino remoto, tendo atuado em cursos de graduação e de pós-graduação, estruturados em plataformas de tecnologia digital e baseados em metodologias ativas de ensino por meio virtual.

References

Referências bibliográficas

Acemoglu, D. (2009). Introduction to Modern Economic Growth. Princeton: Princeton University Press.

Alcorta, L.; Peres, W. (1998). Innovation systems and technological specialization in Latin America and the Caribbean. Research policy, v. 26, n. 7-8, pp. 857-881.

Araujo, A. F., Jr. (2007) Criminalidade em Minas Gerais: tendências recentes e seus principais determinantes. In: Ferreira, A.H.B. (Ed.). PMDI - O estado do Estado. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, pp. 115-126.

Araujo, A. F. Jr., Gomes, F. A. R. & Salvato, M. (2005). Crescimento e Desenvolvimento Econômico: Aspectos Teóricos, Evidência Empírica e o Papel da Educação. In: Taiane Las Casas. (Ed.). Desenvolvimento, Desigualdade e Relações Internacionais. Belo Horizonte: Editora Pucminas, pp. 270-295.

Arocena, R. & Sutz, J. (2000). Looking at national systems of innovation from the south. Industry and Innovation, v. 7, n. 1, pp. 55-75.

Balzat, M. & Hanusch, H. (2004) Recent trends in the research on national innovation systems. Journal of Evolutionary Economics, v. 14, n. 2, pp. 197-210.

Cameron, A. C. & Trivedi, P. K. (2009) Microeconometrics Using Stata. College Station: Stata Press.

Crespo, N F. & Crespo, C. F. (2016). Global innovation index: Moving beyond the absolute value of ranking with a fuzzy-set analysis. Journal of Business Research, v. 69, pp. 5265-5271.

Dosi, G. (1982) Technological paradigms and technological trajectories: a suggested interpretation of the determinants and directions of technical change. Research Policy, v. 11, n. 3, pp. 147-162.

Edquist, C. (2005) Systems of Innovation: perspectives and challenges. In: Fagerberg, J., Mowery, D., & Nelson, R. (Eds.). Oxford Handbook of Innovation. Oxford: Oxford University Press, pp. 181-208.

Etzkowitz, H. & Leidesdorff, L. (2000). The dynamics of innovation: from National Systems and “Mode 2” to a Triple Helix of university-industry-government relations. Research Policy. Nº 29, pp. 109-123.

Freeman, C. (1987). Technology policy and economic performance: Lessons from Japan. Londres: Pinter Publishers London and New York.

Global Innovation Index. Disponível em: <https://www.globalinnovationindex.org/home>. Acesso em: 08/04/2021.

Gomes, F.A.R. & Soave, G.P. (2019). Convergence in income inequality: revisiting the case of Brazilian municipalities. Economics Bulletin, v. 39, n. 1.

Gu, S. (1999). Implications of national innovation systems for developing countries: Managing change and complexity in economic development. Maastricht: UNU-INTECH.

Guimarães, S. M. K. & Azambuja, L. R. (2010) Empreendedorismo High-Tech no Brasil: Condicionantes econômicos, políticos e culturais. Revista Sociedade e Estado, v. 25, n. 1, pp. 93-121.

Lundvall, B.-A. (1985). Product Innovation and User-Producer Interaction. Aalborg: Aalborg University Press.

Lundvall, B.-A. (2007). National Innovation Systems – Analytical concept and development tool. Industry and innovation, v. 14, n. 1, pp. 95-119.

Metcalfe, S. (1995) The economic foundations of technology policy: Equilibrium and evolutionary perspectives. In: Stoneman, P. (Ed.). Handbook of the economics of innovation and technological change. Oxford: Blackwell Publishers, pp. 409-512.

Metcalfe, S. & Ramlogan, R. (2008). Innovation systems and the competitive process in developing economies. The Quarterly Review of Economics and Finance, v. 48, n. 2, pp. 433-446.

Nelson, R. R & Winter, S. G. (1982). An Evolutionary Theory of Economic Change. Cambridge: Harvard University Press.

Niosi, J. (2002). National systems of innovation are “x-efficient” (and x-effective): Why some are slow learners. Research policy, v. 31, n. 2, pp. 291-302.

Oliveira, C.A., Jacinto, P. A., & Grolli, P. A. (2008). Crescimento econômico e convergência com a utilização de regressões quantílicas: um estudo para os municípios do Rio Grande do Sul — 1970-01. Ensaios FEE, v. 28, pp. 671-700.

Organização para o Desenvolvimento Econômico (2018). Oslo Manual 2018: Guidelines for collecting and interpreting technological innovation data. Disponível em: < https://www.oecd.org/science/oslo-manual-2018-9789264304604-en.htm>. Acesso em: 24/07/2021.

Sharif, N. (2006). Emergence and development of the National Innovation Systems concept. Research policy, v. 35, n. 5, pp. 745-766.

Watkins, A., Papaioannou, T.; Mugwagwa, J., & Kale, D. (2015). National innovation systems and the intermediary role of industry association in building institutional capacities for innovation in developing countries: A critical review of the literature. Research policy, v. 44, n. 8, pp. 1407-1418.

Published

2024-04-09

How to Cite

Rodrigues Azambuja, L., de Araujo Jr., A. F., & Mocelin, D. G. (2024). Convergência em resultados de sistemas nacionais de inovação: uma análise a partir dos dados do Global Innovation Index. Journal of Management & Technology, 24(1), 238–262. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2024.v24i1.2591

Issue

Section

ARTIGO