Gestão do capital de giro e a influência das finanças comportamentais: o caso de um laticínio

Authors

  • Ana Luísa Rezende Cerchi Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP
  • David Ferreira Lopes Santos Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP http://orcid.org/0000-0003-3890-6417

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2023.v23i1.1724

Keywords:

Modelo Dinâmico do Capital de Giro, Rentabilidade, Liquidez, Setor Lácteo

Abstract

A Gestão do Capital de Giro (GCG) é um dos principais processos da gestão financeira, no entanto, o comportamento dos gestores na tomada de decisão pode ser influenciado por fatores não previstos na racionalidade econômica. Assim, o objetivo deste estudo é compreender a GCG em uma grande empresa de laticínio de Minas Gerais, a partir da abordagem comportamental das finanças. Optou-se pela estratégia de pesquisa baseada em um caso único, combinando ferramentas de análise quantitativa e qualitativa. Verificou-se que as contas de maior liquidez são aquelas influenciada por mais vieses comportamentais. Os vieses presentes na tomada de decisão condizem ainda com o perfil conservador indicado pela análise da GCG pelo Modelo Fleuriet. Notou-se ainda que o trade-off teórico “liquidez e rentabilidade” não ocorre, visto que um maior nível de liquidez pode ser ocasionado justamente pela maior rentabilidade e capacidade de geração de caixa da empresa frente ao setor

Author Biographies

Ana Luísa Rezende Cerchi, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP

Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Atua como consultora empresarial na empresa KND Consultoria e Treinamentos.

David Ferreira Lopes Santos, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP

Pós-Doutor e Doutor em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem interesse pelas seguintes áreas: Finanças Corporativas e Gestão da Inovação

References

Anache, M. d., & Laurencel, L. d. (2013). Finanças Comportamentais: Uma avaliação crítica da Teoria Moderna de Finanças. Contabilidade, Administração, Direito e Economia (CADE), 12(1), 83-120.

ANUALPEC. (2016). Pecuária de leite. São Paulo: Informa Economics FNP.

Assaf Neto, A. (2016). Finanças corporativas e valor (7 ª ed.). São Paulo: Atlas.

Assaf Neto, A., & Silva, C. A. (2007). Administração do capital de giro (3 ed.). São Paulo: Atlas S.A.

Blais, A.-R., & Weber, E. U. (2006). A domain-specific risk-taking (DOSPERT) scale for adult populations. Judgment and Decision Making, 1(1), 22-47.

Carvalho, C. J., & Schiozer, R. F. (2012). Gestão de capital de giro: um estudo comparativo entre práticas de empresas brasileiras e britânicas. Revista de Administração Contemporânea, 16(4), 518-543.

Comin, L. C., Severo, E. A., Agnol, C. F., Medeiros, L. S., & Guimarães, J. C. (2017). Competências gerenciais: uma perscpectiva dos gestores das empresas do agronegócio. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 7(1), 228-243.

Ferreira, C. d., Macedo, M. Á., Sant'anna, P. R., Longo, O. C., & Barone, F. M. (2011). Gestão de capital de giro: contribuição para as micro e pequenas empresas no Brasil. Revista de Administração Pública, 864-884.

Fonseca, J. L., & Coretta, P. S. (2012). A gestão da liquidez e o seu reflexo no retorno sobre o capital próprio e no lucro por ação das empresas pertencentes à BMF&BOVESPA. Revista Alcance, 19(2), 202-221.

Halfeld, M., & Torres, F. d. (2001). Finanças Comportamentais: aplicações no contexto brasileiro. Revista de Administração de Empresas, 41(2), 64-71.

IBGE. (2014). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em 30 de Março de 2017, disponível em PIA - Pesquisa Industrial Anual: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/empresas/2014/defaultempresa.shtm

IBGE. (2016). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em 06 de Abril de 2017, disponível em SIDRA - Sistima IBGE de Recuperação Automática: http://www2.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1086

Jones, G. D., & Jacinto, A. C. (2013). caso, Análise da gestão dos investimentos em capital de giro por meio do modelo Fleuriet em uma empresa do agronegócio: um estudo de caso. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, 6(1), 9-30.

Machado, E. A., Almeida, L. B., Garcias, P. M., & Bacarji, A. G. (2010). Desempenho operacional-financeiro e concentração de mercado sob o enfoque do paradigma estrutura-conduta-desempenho: um estudo exploratório na indústria brasileira de laticínios no período de 1997 a 2006. Brazilian Business Review, 7, 118-140.

Marques, J. A., & Braga, R. (1995). Análise dinâmica do capital de giro: O modelo Fleurie. Revista de Administração de Empresas, 35(3), 49-63.

Matias, A. B. (2009). Análise financeira fundamentalista de empresas. São Paulo: Atlas.

Pais, M. A., & Gama, P. M. (2015). International Journal of Managerial Finance. International Journal of Managerial Finance, 11(3), 341-358.

Ramalho, T. B., & Yoshinaga, C. E. (2014). Finanças comportamentais no Brasil: Uma aplicação da teoria na perspectiva em poteciais investidores. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 15, 594-615.

Rech, I. J., Cunha, M. F., Rabelo, C. T., & Barbosa, A. (2015). Influência de uma estratégia agressiva ou conservadora de gestão do capital de giro na lucratividade das empresas. Congresso de Contabilidade, 1-16.

Reis, M. M., & Santos, D. F. (2017). Investimento empresarial e reflexos na gestão do capital de giro. Holos, 33(05)263-282.

Silva, A. A., & Carvalho, V. G. (2015). Gestão do capital de giro: uma análise do segmento de tecidos, vestuário e calçados das companhias abertas brasileiras entre 2006/2012. Revista Interface, 12(1), 7-28.

Solano, C., León, H., Pérez, E., Tole, L., Fawcett, R. H., & Herrero, M. (2006). Using farmer decision-making profiles and managerial capacity as predictors of farm management adn performance in Costa Rican dairy farms. Agricultural System, 395-428.

Souza, L. A., Lima-Neto, M. A., Souza, M. G., & Sousa, J. A. (2017). Análise dinâmica das demonstrações financeiras da Guararapes Confecções S/A. Revista Capital Científico, 15(2) 1-15.

Tversky, A. (1995). The Psychology of Decision Making. AIMR Conference Proceedings, 1995(7), 2-6.

Yin, R. K. (2001). Estudo de casos: planejamento e métodos (2 ed.). (D. Grassi, Trad.) Porto Alegre: Bookman.

Zonatto, V. C., Magro, C. B., Carli, S. B., & Scarpin, J. E. (2014). Investigação de práticas de gestão de custos conjuntos em indústias de laticínios: uma abordagem contingencial. UEM, 123-142.

Zullian, B. L., Kimura, H., & Basso, L. F. (2012). Estudo de índices de comportamento de manada em fundos brasileiros de investimentos em ações . Revista Alcance, 19(1), 7-23.

Downloads

Additional Files

Published

2023-03-01

How to Cite

Cerchi, A. L. R., & Santos, D. F. L. (2023). Gestão do capital de giro e a influência das finanças comportamentais: o caso de um laticínio. Journal of Management & Technology, 23(1), 163–194. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2023.v23i1.1724

Issue

Vol. 23 No. 1 (2023)

Section

ARTIGO

License

Copyright (c) 2023 Journal of Management & Technology

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Authors who publish with this journal agree to the following terms: • 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal. • 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s). • 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s). • 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA. • 5. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication, with the work [SPECIFY PERIOD OF TIME] after publication simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal. • 6. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal. • 7. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html