O sistema Toyota de produção e o institucionalismo comunicativo

Authors

  • Jéssica Syrio Callefi Universidade de São Paulo (USP)
  • João Marcelo Crubellate Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2020.v20i1.1599

Keywords:

Sistema Toyota de produção. Institucionalismo comunicativo. Retórica.

Abstract

O Sistema Toyota de Produção (STP) vem sendo disseminado por todo o mundo, por sua filosofia de melhoria da produção e redução de desperdícios. Nota-se que, apesar dos esforços das organizações em se adequarem ao novo sistema, ainda não é possível implementá-lo completamente. Dentro deste contexto, este estudo tem o objetivo de compreender como a retórica de dentro das organizações contribui para a implantação do STP visto que existem diversos tipos de organizações com diferentes contextos culturais. A fim de aprofundar neste tema, utilizou-se o Institucionalismo Comunicativo, que apresenta os estudos sobre comunicação e retórica como maneiras de institucionalizar novas práticas. Conclui-se que, quando as retóricas de legitimação, manutenção e mudança institucional se orientam na mesma corrente da cultura organizacional em que se insere, esta mudança pode institucionalizar-se mais facilmente, trazendo novas práticas que beneficiem toda a organização.

Author Biographies

Jéssica Syrio Callefi, Universidade de São Paulo (USP)

Departamento de Engenharia de Produção

João Marcelo Crubellate, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Administração

References

Clemente, M., & Roulet, T. J. (2015). Public opinion as a source of deinstitutionalization: a “spiral of silence” approach. Academy of Management Review, 40(1), 96-114.

Cornelissen, J. P., Durand, R., Fiss, P. C., Lammers, J. C., & Vaara, E. (2015). Putting communication front and center in institutional theory and analysis. Academy of Management Review, 40(1), 10-27.

Denzin, N.K., & Lincoln, Y.S. (2006). Introdução a disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In: Denzin, N.K., & Lincoln, Y.S. (Org.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, p. 15-41.

Fontana, A., & Frey, J. (1997). The interview: from neutral stance to political involvement. In: Denzin, N. K.; Lincoln, Y. S. (Eds.) The sage handbook of qualitative research. Third Edition. London: Sage, p. 695-727.

Ghinato, P. Elementos fundamentais do sistema Toyota de produção.(2000). Em: Adiel T. de Almeida, A. T., & Sousa, F. M. C. (Org.). Produção & Competitividade: Aplicações e Inovações. Editora Universitária da UFPE, Recife, p. 31-59.

Hardy, C. (2011). How institutions communicate; or how does communicating institutionalize? Management Communication Quarterly, 25(1), 191-199.

Harmon, D. J., Green, S. E., & Goodnight, T. G. (2015). A model of rhetorical legitimation: the structure of communication and cognition underlying institutional maintenance and change. Academy of Management Review, 40(1), 76-95.

Hofstede, G. (1993). Cultural constraints in management theories. Academy of Management Executive, 7(1), 81-94.

Imai, M. (2000). Guemba-Kaizen: estratégias e técnicas do Kaizen no piso de fábrica. São Paulo: IMAM, p. 332.

James, R., & Jones, R. (2014). Transferring the Toyota lean cultural paradigm into India: implications for human resource management. The International Journal of Human Resource Management, 25(15), 2174-2191.

Liker, J. K. (2005). O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre, RS: Bookman, p. 320.

Oda, E. (2011). Interpretações da “cultura japonesa” e seus reflexos no Brasil, RBCS, 26(75), 103-117.

Ohno, T. (1997). O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala; trad. Cristina Schumacher. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 150.

Phillips, N., Lawrence, T. B., & Hardy, C. (2004). Discourse and Institutions. Academy of Managemen Review, 29(4), 635-652.

Pires, J. C. S., & Macêdo, K. B. (2006). Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. RAP, 40(1), 81-105.

Sahoo, A. K., Singh, N. K., Sankar, R., & Tiwari, M.K. (2008). Lean philosophy: implementation in a forging company, International journal of advanced manufacturing technology, 36(1), 451-462.

Spear, S. J. (2004). Learning to Lead at Toyota. Harvard Business Review, p. 1-9.

Suárez-Barraza, M. F., & Miguel-Dávila, J. Á. (2011). Implementación del Kaizen en México: un estudio exploratorio de una aproximación gerencial japonesa en el contexto latinoamericano, INNOVAR - Revista de Ciencias Administrativas y Sociales, 21(41), 19-37.

Recht, R., & Wilderom, C. (1998). Kaizen and Culture: On the Transferability of Japanese Suggestion Systems, International Business Review, 7(1), 7-22.

Womack, J., & Jones, D. T., & ROOS, D. (2004). A máquina que mudou o mundo: baseado no estudo do Massachusetts Institute of Technology sobre o futuro do automóvel. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

Zhou, B. (2016). Lean principles, practices, and impacts: a study on small and medium-sized enterprises (SMEs), Annals of Operation Research, 241(1), 457-474.

Published

2020-01-01

How to Cite

Callefi, J. S., & Crubellate, J. M. (2020). O sistema Toyota de produção e o institucionalismo comunicativo. Journal of Management & Technology, 20(1), 209–229. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2020.v20i1.1599