As influências da governança corporativa e da estrutura de capital no desempenho e no risco da firma

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2020.v20i2.1699

Palavras-chave:

Estrutura de capital, governança corporativa, desempenho, risco

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a influência da utilização das melhores práticas de governança corporativa e da estrutura de capital sobre o desempenho e o risco de firmas brasileiras de capital aberto. O uso dos modelos de regressão com o endividamento total em suas formas simples e quadrática permite a identificação dos efeitos exercidos pela estrutura de capital no desempenho e no risco da firma. Identificou-se que o incremento na adoção de boas práticas de governança apresentará efeitos positivos no desempenho, caso os níveis de endividamento, tanto total quanto de curto e longo prazos, sejam mantidos em níveis mínimos, implicando na maior utilização de capital próprio. Quanto ao risco, o incremento na adoção de boas práticas de governança apresenta papel redutor, ao passo que a estrutura de capital apresenta maior capacidade de influência incremental em sua dimensão de curto prazo, destaque para o efeito quadrático positivo do endividamento total.

Biografia do Autor

Alexandre Teixeira Dias, Universidade FUMEC

Doutor em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Professor e pesquisador do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade FUMEC (Brasil).

Willian Douglas Dias, Universidade Fumec

Mestre egresso do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Fumec.

Jersone Tasso Moreira Silva, Universidade Fumec

Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Fumec

Bruno Perez Ferreira, Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais

Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais

Referências

Almeida, F. T., Parente, P. H. N., Luca, M. M. M., & Vasconcelos, A. C. (2018). Governança corporativa e desempenho empresarial: uma análise nas empresas brasileiras de construção e engenharia. Gestão & Regionalidade, 34(100), pp. 110-126.

Alves, E. S. (2010). Governança corporativa, desempenho e risco no Brasil. (Dissertação de Mestrado). Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.

Araújo, J. G., Confessor, K. L. A., Santos, J. F. D., Oliveira, M. R. G., & Prazeres, R. V. D. (2017). A estrutura de capital e a governança: análise dos conselhos de administração e estrutura de propriedade nas empresas listadas no IBRX-100. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(2), pp. 121-140.

Artikis., P. G., & Nifora, G. (2011). The industry effect on the relationship between leverage and return. Urasian Business Review, 1(2), pp. 125-145.

Avelar, E. A., Cavalcanti, J. M. M., Pereira, H. R., & Boina, T. M. (2017). Determinantes da estrutura de capital: um estudo sobre empresas mineiras de capital fechado. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 5(2), pp. 23-39.

Bernardino, F. F. M., Peixoto, F. M., & Ferreira, R. N. (2014). Governança corporativa e valor da firma: um estudo de empresas brasileiras do setor elétrico. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 13(2), pp. 185-202.

Besarria, C. N., Paula, A., Araújo, B. S., Alves, J. N., Almeida, F. F., & Monteiro, V. S. (2015) A qualidade das informações prestadas pelas empresas reduz os riscos de investimento? Uma análise empírica para os diferentes níveis de governança corporativa das empresas brasileiras. RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 14(1), pp. 11-38.

Besarria, C. N., & Silva, H. S. (2017). A efetividade da governança corporativa sobre o risco dos ativos da BM&FBovespa. RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 16(3), pp. 933-956.

Brealey, R., Myers, S. C., & Allen, F. Princípios de finanças empresariais. 8. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007.

[B]3. Níveis diferenciados de governança corporativa. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br>. Acessado em: 04 abr. 2018.

Catapan, A., & Colauto, R. D. (2014). Governança corporativa: uma análise de sua relação com desempenho econômico-financeiro de empresas cotadas no Brasil nos anos de 2010-2012. Contaduría y Administración, 59(3), pp. 137-164.

Cicogna, M. P. V., Toneto, J. R., & Valle, M. R. (2007). O impacto da adesão a padrões mais elevados de governança sobre o financiamento empresarial. Revista de Administração - RAUSP, 42(1), pp. 52-63.

Corrêa, C. A., Basso, L. F. C., & Nakamura, W. T. (2013). A estrutura de capital das maiores empresas brasileiras: análise empírica das teorias de pecking order e trade-off, usando panel data. Revista de Administração Mackenzie, 14(4), pp. 106-133.

Correia, T. S., Silva, M. N. F., & Martins, O. S. (2018). Indicadores de assimetria de informação e estrutura de capital das empresas abertas no Brasil. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 6(1), pp. 24-42.

Cunha. M. A. M. (2017). Relação entre níveis de governança corporativa e criação de valor para o acionista. XX SEMEAD Seminários em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 20. Recuperado de http://login.semead.com.br/20semead/anais/arquivos/1272.pdf.

Danis, A., Rettl, D. A., & Whited, T. M. (2014). Refinancing, profitability and capital structure. Journal of Financial Economics, 114(3), pp. 424-443.

Durand, D. (1952). Cost of debt and equity funds for business: trends and problems in measurement. Proceedings of the Conference on Research in Business Finance, New York, New York, USA. Recuperado de http://www.nber.org/chapters/c4790.pdf.

Fama, E. F., & French, K. R. (2002). Testing trade-off and pecking order predictions about dividends and debt. The Review of Financial Studies, 15(1), pp. 1-33.

Fama, E. F., & French, K. R. (2012). Capital structure choices. Critical Finance Review, 1(), pp. 59–101.

Famá, R., & Barros, L. A. (2000). Q de Tobin e seu uso em finanças: aspectos metodológicos e conceituais. Cadernos de Pesquisa em Administração, 7(4), pp. 27-43.

Fonseca, C. V. C., Silveira, R. L. F., & Hiratuka, C. (2016). A relação entre a governança corporativa e a estrutura de capital das empresas brasileiras no período 2000-2013. Enfoque Reflexão Contábil, 35(2), pp. 35-52.

Frank, M. Z., & Goyal, V. K. (2003). Testing the pecking order theory of capital structure. Journal of Financial Economics, 67(), pp. 217-248.

Gonçalves, C. A., Dias, A. T., De-Carvalho, J. P., & Martins, H. C. (2014). Grupos estratégicos, diversificação, perfil do endividamento e seus efeitos no desempenho da firma. XXXVIII Enanpad. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 38.

Koerniadi, H., Krishnamurti, C., & Tourani-Rad, A. (2014). Corporate governance and risk-taking in New Zealand. Australian Journal of Management, 39(2), pp. 227-245.

Lara, J. E., & Mesquita, J. M. C. (2008). Estrutura de capital e rentabilidade: análise do desempenho de empresas brasileiras no período pós-Plano Real. Revista Contabilidade Vista e Revista, 19(2), pp. 15-33.

Leites, E. T., & Zani, J. (2008). A influência dos juros sobre o capital próprio na formação da estrutura de capital. SEGET – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Resende, RJ, Brasil, 5. Recuperado de http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/249_JSCPSEGeT.pdf.

Lima, S. H. O., Oliveira, F. D., Cabral, A. C. A., Santos, S. M. D., & Pessoa, M. N. M. (2015). Governança corporativa e desempenho econômico: uma análise dos indicadores de desempenho entre os três níveis do mercado diferenciado da BM&FBovespa. Revista de Gestão, 22(2), pp. 1-18.

Louzada, L. C, Oliveira, J. P. D. D, Silva, A. F. P. D., & Gonçalves, M. A. (2016). Análise comparativa entre os indicadores econômico-financeiros aplicados às indústrias manufatureiras listadas na BOVESPA. Revista Eletrônica do Alto Vale do Itajaí. REAVI, 5(7), pp.17-36.

Machado, L. K. C., Prado, J. W., Vieira, K. C., Antonialli, L. M., & Santos, A. C. D. (2015). A relevância da estrutura de capital no desempenho das firmas: uma análise multivariada das empresas brasileiras de capital aberto. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 9(4), pp. 397-414.

Malacrida, M. J. C., & Yamamoto, M. M. (2006). Governança corporativa: nível de evidenciação das informações e sua relação com a volatilidade das ações do Ibovespa. Revista Contabilidade & Finanças - USP, 17(), pp. 65-79.

Manoel, A. A. S., Santos, D. F. L., & Moraes, M. B. C. (2016). Determinantes do endividamento na indústria sucroenergética brasileira: análise a partir das teorias de estrutura de capital. Organizações Rurais & Agroindustriais, 18(2), pp. 140-153.

Martins, E., Gelbeke, E. R., Santos, A. dos., & Iudícibus, S. Manual de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

Medeiros, O. R., & Daher, C. E. (2008). Testando teorias alternativas sobre a estrutura de capital nas empresas brasileiras. Revista de Administração Contemporânea (RAC), 12(1), pp. 177-199.

Mendes, G. S., & Santos, D. F. L. (2018). Estrutura de capital, dinâmica da indústria e desempenho financeiro: a construção de um modelo de análise das firmas no Brasil. Revista Organizações em Contexto, 14(27), pp. 271-303.

Modigliani, F., & Miller, M. H. (1958). The cost of capital, corporation finance and the theory of investment. The American Economic Review, 48(3), pp. 261-297.

Modigliani, F., & Miller, M. H. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: a correction. The American Economic Review, 53(3), pp. 433-443.

Myers, S. C. (1984). The capital structure puzzle. The Journal of Finance, 39(3), pp. 574-592.

Myers, S. C. (2001). Capital structure. The Journal of Economic Perspectives, 15(2), pp. 81-102.

Myers, S. C., & Majluf, N. S. (1984). Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do not have. Journal of Financial Economics, 13(2), pp. 187-221.

Pamplona, E., Magro, C. B. D, & Silva, T. P. (2017). A estrutura de capital e o desempenho econômico de empresas familiares do Brasil e de Portugal. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 16(2), pp.38-54.

Pinheiro, B. G., Vasconcelos, A. C., Luca, M. M. M., & Crisóstomo, V. L. (2017). Estrutura de capital e governança corporativa nas empresas listadas na BM&FBovespa. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 11(4), pp. 451-466.

Reis, R. T., Campos, A. L. S., & Pasquini, E. S. (2017). A influência dos determinantes da estrutura de capital conforme o estágio do ciclo de vida das empresas brasileiras. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(3), pp. 127-142.

Ripamonti, A., & Kayo, E. K. (2016). Corporate governance and capital structure in Brazil: stock, bonds and substitution. Revista de Administração Mackenzie, 17(5), pp. 85-109.

Rogers P., Securato, J. P., Ribeiro, & K. C. S. (2008). Governança corporativa, custo de capital e retorno do investimento no brasil. Revista de Gestão USP, 15(1), pp. 61-77.

Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). A survey of corporate governance. Journal of Finance, 52(2), pp. 737-783.

Silva, A. L. C. da (2004). Governança corporativa, valor, alavancagem e política de dividendos das empresas brasileiras. Revista de Administração, 39(4), pp. 348-361.

Silva, A, L. C. da, & Leal, R. P. C. (2005). Corporate governance index, firm valuation and performance in Brazil. Revista Brasileira de Finanças, 3(1), pp. 1-18.

Silva, E. D. S., Santos, J. F. D., & Nakamura, W. T. (2018). A heterogeneidade da estrutura de capital das empresas dos países desenvolvidos – G7: uma Análise quantílica. Gestão & Regionalidade, 34(100), pp. 4-21.

Silva, J. P., & Silva, D. C. (2017). Análise da relação entre estrutura de capital, crescimento, lucratividade e valor de mercado das companhias brasileiras de capital aberto. Revista Mineira de Contabilidade, 18(1), pp. 15-25.

Silveira, A. De M. (2002). Governança corporativa, desempenho e valor da empresa no Brasil. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Silveira, A. De M., Perobelli, F. F. C., & Barros, L. A. B. C. (2008). Governança Corporativa e os determinantes da estrutura de capital: evidências empíricas no Brasil. Revista de Administração Contemporânea (RAC), 12(3), pp. 763-788.

Vieira, K. M., Velasquez, M. D., Losekann, V. L., & Ceretta, P. S. (2011). A influência da governança corporativa no desempenho e na estrutura de capital das empresas listadas na Bovespa. Revista Universo Contábil, 7(1), pp. 49-67.

Downloads

Publicado

2020-05-14

Como Citar

Dias, A. T., Dias, W. D., Silva, J. T. M., & Ferreira, B. P. (2020). As influências da governança corporativa e da estrutura de capital no desempenho e no risco da firma. Revista Gestão & Tecnologia, 20(2), 98–120. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2020.v20i2.1699

Edição

Seção

ARTIGO