Dissonância cognitiva e consumo sustentável: uma revisão sistemática da literatura

Autores/as

  • Adilson Mueller Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
  • Cláudio Damacena Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
  • Felipe Vidor Vaz Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2018.v18i1.1221

Palabras clave:

Dissonância cognitiva, Consumo sustentável, Comportamento do consumidor

Resumen

O estudo da teoria da dissonância cognitiva relacionada ao consumo sustentável é relativamente escasso. Nesse sentido, este artigo busca identificar e descrever as diferentes formas utilizadas pelas pessoas para lidar com a inconsistência entre atitudes e comportamentos relacionadas ao consumo sustentável. Para atender ao objetivo da pesquisa, utilizou-se o método da revisão sistemática da literatura. Os resultados evidenciam que as pessoas tendem a lidar com a tensão gerada pela dissonância cognitiva em relação ao consumo sustentável por meio do comprometimento, influência social, feedback, informações sobre produtos sustentáveis, negação e supressão de culpa, compensação, justificação, normas morais, benefícios percebidos versus custos/barreiras e semelhança comportamental. Esses achados aprofundam o entendimento de que substituir, esquecer ou adquirir novas cognições resolvem a dissonância e especificam detalhadamente um conjunto de justificativas presentes no comportamento do consumidor ao lidar com o fenômeno.

Biografía del autor/a

Adilson Mueller, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Possui graduação em Filosofia (2007) e em Administração de Empresas (2017) pela PUCRS. É especialista em Gestão e Inteligência Competitiva pela Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia - PUCRS (2011). Interesses de pesquisa: marketing; comportamento do consumidor; dissonância cognitiva e consumo sustentável.

Cláudio Damacena, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Pós-doutorado em Marketing na University Western of Australia. Doutorado em Ciências Econômicas e Empresariais naa Universidade de Córdoba (Espanha). Professor e pesquisador do PPGA da UNISINOS de 2000 a 2010. Professor da Área de Marketing do PPGAd da PUCRS desde 2011. Interesses de pesquisa: valores humanos e o comportamento de consumo; cocriação de valor em sistemas de serviço; dissonância cognitiva e consumo sustentável.

Felipe Vidor Vaz, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Graduando em Administração de Empresas pela Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Interesses em pesquisas no domínio do marketing, no campo do comportamento do consumidor, ligado à dissonância cognitiva.

Citas

Beretti, A., Figuières, C., & Grolleau, G. (2013). Behavioral innovations: The missing capital in sustainable development?. Ecological Economics, 89, 187-195.

Bodur, H. O., Duval, K. M., & Grohmann, B. (2015). Will You Purchase Environmentally Friendly Products? Using Prediction Requests to Increase Choice of Sustainable Products. Journal of Business Ethics, 129(1), 59-75.

Brook, A. (2011). Ecological footprint feedback: Motivating or discouraging?. Social Influence, 6(2), 113-128.

Cohen, S. A., Higham, J. E., & Cavaliere, C. T. (2011). Binge flying: Behavioural addiction and climate change. Annals of Tourism Research, 38(3), 1070-1089.

Division for Sustainable Development. Disponível em: https://sustainabledevelopment.un.org/topics/sustainableconsumptionandproduction. Acesso em: 14 out. 2016.

Festinger, L. (1957). A theory of cognitive dissonance: Stanford Univ Pr.

Gordon, R. (2013). Unlocking the potential of upstream social marketing. European Journal of Marketing, 47(9), 1525-1547.

Harmon-Jones, E. (2012) Cognitive Dissonance Theory. The Encyclopedia of Human Behavior, 1, 543-549.

Harmon-Jones, E., & Harmon-Jones, C. (2007). Cognitive dissonance theory after 50 years of development. Zeitschrift für Sozialpsychologie, 38(1), 7-16.

Jalonen, H. (2012). The uncertainty of innovation: a systematic review of the literature. Journal of Management Research, 4(1).

Juvan, E., & Dolnicar, S. (2014). The attitude–behaviour gap in sustainable tourism. Annals of Tourism Research, 48, 76-95.

Kimura, K., & Shinoki, M. (2007). Decision and Justification in the Social Dilemma of Recycling. I. Sociological Theory and Methods, 22(1), 31-48.

Kovács, J., Pantya, J., Medves, D., Hidegkuti, I., Heim, O., & Bursavich, J. B. (2014). Justifying environmentally significant behavior choices: An American-Hungarian cross-cultural comparison. Journal of Environmental Psychology, 37, 31-39.

Lavergne, K. J., & Pelletier, L. G. (2015). Predicting individual differences in the choice of strategy to compensate for attitude-behaviour inconsistencies in the environmental domain. Journal of Environmental Psychology, 44, 135-148.

Liang, Y. (2016). Reading to make a decision or to reduce cognitive dissonance? The effect of selecting and reading online reviews from a post-decision context. Computers in Human Behavior. http://doi.org/10.1016/j.chb.2016.07.016

MacDonald, E. F., & She, J. (2015). Seven cognitive concepts for successful eco-design. Journal of Cleaner Production, 92, 23-36.

Martinsson, J., & Lundqvist, L. J. (2010). Ecological citizenship: coming out ‘clean’without turning ‘green’?. Environmental politics, 19(4), 518-537.

Obradovich, N., & Guenther, S. M. (2016). Collective responsibility amplifies mitigation behaviors. Springer, 137(1-2), 307-319.

Osbaldiston, R., & Schott, J. P. (2012). Environmental sustainability and behavioral science: Meta-analysis of proenvironmental behavior experiments. Environment and Behavior, 44(2), 257-299.

Peattie, K., & Peattie, S. (2009). Social marketing: A pathway to consumption reduction?. Journal of Business Research, 62(2), 260-268.

PETTICREW, Mark; ROBERTS, Helen. (2008). Systematic reviews in the social sciences: A practical guide. John Wiley & Sons.

Rashid, N. R. N. A., & Mohammad, N. (2012). A discussion of underlying theories explaining the spillover of environmentally friendly behavior phenomenon. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 50, 1061-1072.

Rodrigues, A. (1969). Consistência cognitiva e comportamento social. Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, 21(2), 9-86.

Rubens, L., Gosling, P., Bonaiuto, M., Brisbois, X., & Moch, A. (2015). Being a hypocrite or committed while I am shopping? A comparison of the impact of two interventions on environmentally friendly behavior. Environment and Behavior, 47(1), 3-16.

Schultz, P. W. (2014). Strategies for promoting proenvironmental behavior lots of tools but few instructions. European Psychologist, 19, 107-117

Sottile, E., Meloni, I., & Cherchi, E. (2015). A hybrid discrete choice model to assess the effect of awareness and attitude towards environmentally friendly travel modes. Transportation Research Procedia, 5, 44-55.

Stenman, J. O., & Martinsson, P. (2006). Honestly, why are you driving a BMW?. Journal of Economic Behavior & Organization, 60(2), 129-146.

Tanford, S., & Montgomery, R. (2015). The effects of social influence and cognitive dissonance on travel purchase decisions. Journal of Travel Research, 54(5), 596-610.

Tobler, C., Visschers, V. H., & Siegrist, M. (2012). Addressing climate change: Determinants of consumers' willingness to act and to support policy measures. Journal of Environmental Psychology, 32(3), 197-207.

Thøgersen, J. (2004). A cognitive dissonance interpretation of consistencies and inconsistencies in environmentally responsible behavior. Journal of Environmental Psychology, 24(1), 93-103.

Truelove, H. B., Carrico, A. R., Weber, E. U., Raimi, K. T., & Vandenbergh, M. P. (2014). Positive and negative spillover of pro-environmental behavior: An integrative review and theoretical framework. Global Environmental Change and Policy Dimensions, 29, 127-138.

Truelove, H. B., Yeung, K. L., Carrico, A. R., Gillis, A. J., & Raimi, K. T. (2016). From plastic bottle recycling to policy support: An experimental test of pro-environmental spillover. Journal of Environmental Psychology, 46, 55-66.

Verplanken, B., & Roy, D. (2016). Empowering interventions to promote sustainable lifestyles: Testing the habit discontinuity hypothesis in a field experiment. Journal of Environmental Psychology, 45, 127-134.

Whitmarsh, L., & O'Neill, S. (2010). Green identity, green living? The role of pro-environmental self-identity in determining consistency across diverse pro-environmental behaviours. Journal of Environmental Psychology, 30(3), 305-314.

Descargas

Publicado

2018-04-01

Cómo citar

Mueller, A., Damacena, C., & Vaz, F. V. (2018). Dissonância cognitiva e consumo sustentável: uma revisão sistemática da literatura. Revista Gestão & Tecnologia, 18(1), 171–196. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2018.v18i1.1221

Número

Vol. 18 Núm. 1 (2018): Janeiro/Abril

Sección

ARTIGO

Licencia

Derechos de autor 2018 Revista Gestão & Tecnologia

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.

Os direitos, inclusive os de tradução, são reservados. É permitido citar parte de artigos sem autorização prévia desde que seja identificada a fonte. A reprodução total de artigos é proibida. Em caso de dúvidas, consulte o Editor.