Método, objeto e problema em duas tradições epistemológicas

Authors

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2018.v18i2.1369

Keywords:

Epistemologia. Investigação. Max Weber. Karl Marx.

Abstract

A Epistemologia é o ramo da Filosofia que se ocupa com o conhecimento humano. Esse é o campo do qual emerge o presente estudo, voltado à compreensão entre método, objeto e problema na tradição epistemológica ocidental moderna sob a ótica de Karl Marx e Marx Weber, considerados dois grandes autores seminais em estudos sociais. Considerando também o recorte temporal, apresentam-se as caraterísticas que marcaram a transição da Idade Média para a Idade Moderna, a fim de contextualizar as implicações que essas mudanças ocasionaram nas diversas áreas da Ciência. A discussão teórica sugere que os dois autores possuem características que revelam a influência ocidental moderna nas epistemes. Para eles, o fazer científico perpassa o real acessível de forma concreta além do caráter ordenador da racionalidade ocidental, sendo que os problemas científicos são tratados em termos de causa e efeito, por meio de metodologias pautadas na racionalidade, objetividade e neutralidade.

Author Biographies

Elisângela de Jesus Furtado da Silva, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestranda em Administração pela UFMG. Bolsista CNPQ. Especialista em Gestão Estratégica de RH Pela UFMG. Graduada em Administração pela PUC Minas. Membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. Possui experiência na área de Saúde Pública, Instituição do Terceiro Setor, Corte, Costura e modelagem, Pintura e Desenho.

Laysse Fernanda Macedo dos Santos, UFMG

Mestranda do Programa de Pós Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais. Graduada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2014). Administradora na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Experiência profissional na área de Administração, com ênfase em gestão de suprimentos.

Luiz Alex Silva Saraiva, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor Adjunto IV do Departamento de Ciências Administrativas da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Docente Permanente do Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG desde 2010. Doutor (2009) e Mestre (2001) em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Sergipe (1997). Coordenador do Doutorado Interinstitucional UFMG/UFAM (2015/2019). Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais (2014-2016), entidade da qual é membro fundador. Foi Professor Visitante do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Maringá. Criador e Editor-Chefe de Farol - Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade. Foi membro do Coletivo Editorial da Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, Editor Executivo da Gestão e Sociedade, e Editor Especial de Gestão & Planejamento e dos Cadernos EBAPE.BR. Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, na qual integrou o Comitê Científico da Divisão Temática Estudos Organizacionais (2013-2014). Líder do tema Comunicação, Processos Discursivos e Linguagem da Divisão Acadêmica Estudos Organizacionais na ANPAD (2018-2020). Líder de tema Gênero, Diversidade e Inclusão nas organizações na área Estudos Organizacionais nos Seminários em Administração FEA/USP (2016-2017). Subcoordenador do Núcleo de Estudos Organizacionais e Sociedade (NEOS/UFMG). Pesquisador do NEOTEG/UNIFACS e do GEPO/UFES. Integra o Corpo Editorial Científico de dezenas de periódicos e eventos científicos nacionais e internacionais. Atua como Professor, Pesquisador, Extensionista e Orientador na área de Estudos Organizacionais em perspectivas interdisciplinares relacionadas a Cidades, Discurso, Diversidade e Diferenças, Economia Criativa, História e Memória, Poder, Prática, Simbolismo organizacional e Trabalho. E-mail: saraiva@face.ufmg.br.

References

Chagas, E. F. (2011). O método dialético de Marx: investigação e exposição crítica do objeto. Revista Síntese, 38(120), 55-70.

Chasin, J. (2009). Marx – estatuto ontológico e resolução metodológica. São Paulo, Boitempo.

Costa, I. L. S. (2017). A transição da idade média para a idade moderna: uma análise crítica. Revista Tempo de Conquista, 19, 1-14.

García, R. (2006). Epistemología y teoría del conocimiento. Salud Colectiva, 2(2), p. 113-122.

Giovanazzi, M. C. P. M. (2014). Renascimento: uma ruptura medieval ou continuidade moderna? Revista História, Imagem e Narrativas, 18(1-12).

Gorender, J. (2013). Apresentação. In: K. Marx. O capital: crítica da economia política (pp. 20-85). São Paulo: Boitempo.

Hessen, J. (1999). Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes.

Marx, K. (2013). O capital: crítica da economia política. São Paulo: Boitempo.

Oliveira, M. B. (2008). Neutralidade da ciência, desencantamento do mundo e controle da natureza. Revista Scientiae Studia, 6(1), 97-116.

Tonet, I. (2017). Método científico: uma abordagem ontológica. Disponível em: <http://Ivotonet.Xpg.Uol.Com.Br/Arquivos/Metodo_Cientifico.Pdf>. Acesso Em 14 jun.

Vasconcelos, F. A. (2017). A dialética em Marx. Saberes Interdisciplinares, 13, 99-120.

Venables, J. P. (2016). Aportes para una ontología social realista. Cinta de Moebio, 56, 172-186.

Weber, M. (2004). A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras.

Weber, M. (1982). Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar.

Weiss, R. (2014). Max Weber e o problema dos valores: as justificativas para a neutralidade axiológica. Revista de Sociologia e Política, 22(49), 113-137.

Williams, M. (2001). Problems of knowledge: a critical introduction to epistemology.

Published

2018-06-29

How to Cite

Silva, E. de J. F. da, Santos, L. F. M. dos, & Saraiva, L. A. S. (2018). Método, objeto e problema em duas tradições epistemológicas. Journal of Management & Technology, 18(2), 321–340. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2018.v18i2.1369