Análise da hipótese de porter aplicada a central de negócios automotivos da associação de microempresas e empresas de pequeno porte do oeste do Paraná

Autores

  • Hillary Mariane Lapas Fujihara Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,Paraná
  • Geysler Rogis Flor Bertolini Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,Paraná http://orcid.org/0000-0001-9424-4089
  • Ivano Ribeiro Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,Paraná

DOI:

https://doi.org/10.20397/2177-6652/2021.v21i2.1879

Palavras-chave:

Competitividade Sustentável. Inovação. Hipótese de Porter

Resumo

Objetivo: A presente pesquisa tem por objetivo verificar se a regulamentação ambiental de Cascavel promove e incentiva à inovação nas dez oficinas mecânicas que fundaram a Central de Negócios Automotivos – CNA da Associação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná – AMIC. Bem como, se essa inovação acarreta em maior desempenho financeiro e competitivo nestas empresas.

Metodologia/abordagem: Para tanto, optou-se pelo uso de estudo de casos múltiplos, com coleta de dados, por meio de entrevistas estruturadas com os dez empresários pesquisados, aplicação do questionário do MPE Brasil SEBRAE (2015) e entrevista com cinco especialistas da área de competitividade e sustentabilidade.

Originalidade/Relevância: Desde sua primeira publicação, a Hipótese de Porter (HP) tem sido pesquisada por muitos estudos de diversos países, que tentam provar sua eficiência ou não na competitividade empresarial. Porém, poucos trabalhos trataram de pequenas e médias empresas.

Principais resultados: Verificou-se que após as adequações ambientais, exigidas pela regulamentação ambiental, as empresas estudadas apresentaram resultados positivos, em competitividade, qualidade, produtividade, inovação, sustentabilidade, lucratividade ou rentabilidade, conforme prevê a Hipótese de Porter – HP.

Contribuições teóricas/metodológicas: A contribuição deste trabalho é a pesquisa no setor de reparos automotivos, um setor ainda não explorado pelos pesquisadores da HP.

Contribuições sociais/para a gestão: Verificou-se que as mudanças não são muito significativas, em decorrência da pouca valorização dos consumidores sobre as questões ambientais, pois o fator preço, ainda, é determinante na escolha prestadores de serviços.

Biografia do Autor

Hillary Mariane Lapas Fujihara, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,Paraná

Mestrado Profissional em Administração

Geysler Rogis Flor Bertolini, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,Paraná

Docente do Doutorado em Desenvolvimento Rural Sustentável, do Mestrado Profissional em Administração e do Mestrado em Contabilidade da Unioeste. Doutor em Engenharia de Produção

Ivano Ribeiro, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,Paraná

Docente do Mestrado Profissional em Administração

Referências

Ambec, S., Cohen, M. A., Elgie, S., & Lanoie, P. (2013). The Porter hypothesis at 20: con environmental regulation enhance innovation and competitiveness? Environmental Economics and Policy, 7(1), 2-22.

Ansanelli, S. L. M. (2011). Exigências ambientais europeias: novos desafios competitivos para o complexo eletrônico brasileiro. Revista Brasileira de Inovação, 10(1), 129-160.

Antonioli, D., Mancinelli, S., & Mazzanti, M. (2013). Is environmental innovation embedded within high-performance organisational changes? The role of human resource management and complementarity in green business strategies. Research Policy, 42(4), 975-988.

Ashford N.A. (2000) An innovation-based strategy for a sustainable environment. In: Hemmelskamp J., Rennings K., Leone F. (eds) Innovation-oriented environmental regulation: theorical approach and empirical analysis. ZEW Economic Studies.

Ayerbe, C., & Górriz, C. (2001). The effects of environmental regulations on the productivity of large companies: an empirical analysis of the Spanish case. Journal of Management and Governance, 5(2), 129-152.

Bernard, S. (2011). Remanufacturing. Journal of Environmental Economics and Management, 62(3).

Brännlund, R., & Lundgren, T. (2010). Environmental policy and profitability: evidence from Swedish industry. Environmental Economics and Policy Studies, 12(1-2), 59-79.

Broberg, T., Marklund, P.-O., Samakovlis, E., & Hammar, H. (2013). Testing the Porter Hypothesis: the effects of environmental investments on efficiency in Swedish industry. Journal of Productivity Analysis, 40(1), 43-56.

Cerin, P. (2006). Bringing economic opportunity into line with environmental influence: a discussion on the Coase theorem and the Porter and van der Linde hypothesis. Ecological Economics, 56(2), 209-225.

Chen, K.-H. M. (2007). The impact of agglomerative industrial dynamic externalities on regional technology gaps: a case of the ICT Industry in Taiwan. Australasian Journal of Regional Studies, 13(3), 325-350.

Costantini, V., & Crespi, F. (2008). Environmental regulation and the export dynamics of energy technologies. Ecological Economics, 66(2-3), 447-460.

Costantini, V., & Mazzanti, M. (2012). On the green and innovative side of trade competitiveness? The impact of environmental policies and innovation on EU exports. Research Policy, 41(1), 132-153

Denatran - Departamento Nacional de Trânsito. (2016). Frota de veículos. Acesso em 21 de Maio de 2016, disponível em http://denatran.gov.br/frota.html.

Doganay, S. M., Sayed, S., & Taskin, F. (2014). Is environmental efficiency trade inducing or trade hindering? Energy Economics, 44, 340-349.

Eisenhardt, K. M. (1989) Building theories from case study research. The Academy of Management Review, 14(4), 532-550.

Feichtinger, G., Hartl, R. F., Kort, P. M., & Veliov, V. M. (2005). Environmental policy, the Porter Hypothesis and the composition of capital: effects of learning and technological progress. Journal of Environmental Economics and Management, 50(2), 434-446.

Ford, J. A., Steen, J., & Verreynne, M.-L. (2014). How environmental regulations affect innovation in the Australian oil gas industry: going beyond the Porter Hypothesis. Journal of Cleaner Production, 84(1), 204-2013.

Frohwein, T., & Hansjürgens, B. (2005). Chemicals regulation and the Porter Hypothesis: a critical review of the new European chemicals regulation. Journal of Business Chemistry, 2(1), 19-36.

Greaker, M. (2006). Spillovers in the development of new pollution abatement technology: a new look at the Porter-hypothesis. Journal of Environmental Economics and Management, 52(1), 411-420.

Greaker, M., & Rosendahl, K. E. (2008). Environmental policy with upstream pollution abatement tecnology firms. Journal of Environmental Economics and Management, 56(3), 246-259.

Greenstone, M., List, J. A., & Syverson, C. (2012). The Effects of Environmental Regulation on the competitiveness of US Manufacturing. Working Paper 2012-013, Cambridge M.A: MIT Centre for Energy and Environmental Policy Research.

Groba, F. (2014). Determinants of trade with solar energy technology components: evidence on the Porter Hypothesis? Applied Economics, 46(5), 503-526.

Hamamoto, M. (2006). Environmental regulation and the productivity of Japanese manufacturing industries. Resource and Energy Economics, 28(4), 299-312.

Hart, R. (2004). Growth, environment and innovation—a model with production vintages and environmentally oriented research. Journal of Environmental Economics and Management, 48(3), 1078-1098.

Horbach, J. (2008). Determinants of environmental innovation - new evidence from German panel data sources. Research Policy, 37(1), 163-173.

Horváthová, E. (2012). The impact of environmental performance on firm performance: short-term costs and long-term benefits. Ecological Economics, 84, 91-97.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. Acesso em 21 de Maio de 2016, disponível em http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html.

Inoue, E., Arimura, T. H., & Nakano, M. (2013). A new insight into environmental innovation: does the maturity of environmental management systems matter? Ecological Economics, 94, 156-163.

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2013). Texto para discussão. Acesso em 21 de Maio de 2016, disponível em http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1813.pdf.

Kózluk, T., & Zipperer, V. (2013). Environmental policies and productivity growth - a critical review of empirical findings. OECD Journal: Economic Studies, 88(1), 1-37.

Kriechel, B., & Ziesemer, T. (2009). The environmental Porter Hypothesis: theory, evidence and a model of timing of adoption. Economics of Innovation & New Technology, 18(3), 267-294.

Lanoie, P., Patry, M., & Lajeunesse, R. (2008). Environmental regulation and productivity: testing the Porter Hypothesis. Journal of Productivity Analysis, 30(2), 121-128.

Lim, S., & Prakash, A. (2014). Voluntary regulations and innovation: the case of ISO 14001. Public Administration Review, 74(2), 233-244.

Liu, X., Dai, H., & Cheng, P. (2011). Drivers of integrated environmental innovation and impact on company competitiveness: evidence from 18 Chinese firms. Journal of Technology and Globalisation, 5(3/4), 255-280.

Lundgren, T., & Marklund, P.-O. (2015). Climate policy, environmental performance, and profits. Journal of Productivity Analysis, 44(3), 225-235.

Maçaneiro, M. B., Cunha, S. K., Kuhl, M. R., & Cunha, J. C. (2015). A regulamentação ambiental conduzindo estratégias ecoinovativas na indústria de papel e celulose. Revista de Administração Contemporânea - RAC, 19(1), 65-83.

Malhotra, N. K. (2006). Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada (4 ed.). (L. Bocco, Trad.) Porto Alegre: Bookman.

Managi, S., Opaluch, J. J., Di, J., & Grigalunas, T. A. (2005). Environmental Regulations and Technological Change in the Offshore Oil and Gas Industry. Land Economics, 81(2), 303-319.

Medina, P. S., Pichardo, R. D., Cruz, A. B., & López, A. T. (2015). Environmental compliance and economic and environmental perfornmance: evidence from handicrafts small business in Mexico. Journal of Business Ethics, 126, 381-393.

Ministério do Meio Ambiente. (n.d.). Mobilidade sustentável. Acesso em 20 de Maio de 2016, disponível em http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo-sustentavel/mobilidade-sustent%C3%A1vel.

Mohr, R. D. (2002). Technical change, external economies, and the Porter Hypothesis. Journal of Environmental Economics and Management, 43(1), 158-168.

Mohr, R. D., & Saha, S. (2008). Distribution of environmental costs and benefits, additional distortions, and the Porter Hypothesis. Land Economics, 84(4), 689-700.

Oberndorfer, U., & Rennings, K. (2007). Costs and competitiveness effects of the European Union emissions trading scheme. European Environment, 17(1), 1-17.

Pinheiro, L. C. M. (2008). Impactos ambientais das atividades esportivas em montanha - percepção dos praticantes. Dissertação de Mestrado, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Popp, D. (2005). Uncertain R&D and the Porter Hypothesis. Contributions to Economic Analysis & Policy, 4(1).

Porter, M. E. (1985). Competitive advantage: creating and sustaining superior performance. New York: Free Press, Collier Macmillan.

Porter, M. E. (1989). Vantagem competitiva (21 ed.). Rio de Janeiro: Campus.

Porter, M. E. (1991). America's Green Strategy. Scientific American, 264.

Porter, M. E., & Linde, C. V. (1995). Green and competitive: ending the stalemate. Harvard Business Review, 73(5), 120-134.

Rassier, D. G., & Earnhart, D. (2010). The effect of clean water regulation on profitability: testing the Porter Hypothesis. Land Economics, 96(2), 329-344.

Rassier, D. G., & Earnhart, D. (2011). Short-run and long-run implications of environmental regulation on financial performance. Contemporary Economic Policy, 29(3), 357-373.

Rassier, D. G., & Earnhart, D. (2015). Effects of environmental regulation on actual and expected profitability. Ecological Economics, 112, 129-140

Razumova, M., Ibáñez, J. L., & Rey, J. (2015). Drivers of environmental innovation in Majorca hotels. Journal of Sustainable Tourism, 23(10), 1529-1549.

Rennings, K., & Rammer, C. (2010). The impact of regulation-driven environmental innovation on innovation sucess and firm performance. Zew -Centre for European Economic Research Discussion, 1-34.

Ricardo, S.C., Freitas, H.M.R., Martens, C.P.D., Marcolin, C.B. (2019). Intenção de adoção do sistema de pagamento móvel no transporte público coletivo na cidade de São Paulo: o ponto de vista do usuário final. Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 19, n. 4, p. 94-116, jul./set.

Sadeghzadeh, J. (2014). The impact of environmental policies on productivity and market competition. Environment and Development Economics, 19(5).

Santos, U. V., Silva, E. R., Ferreira, N. T., & Costa, V. L. (2010). La relación entre el ciclismo, meio ambiente y movilidad urbana. EFDesportes.com Revista Digital, 15(150).

Schluga, T. R. (2003). Some micro-evidence on the "Porter Hypothesis" from Austrian VOC emission standards. Growth and Change, 34(3), 359-379.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2015). Reparação de veículos - um negócio promissor. Acesso em 21 de Maio de 2016, disponível em http://portaldareparacao.com.br/wp-content/uploads/2015/08/Cartilha-Oficina-Mec%C3%A2nica-Sebrae-Sindirepa.pdf.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2016). Minha empresa sustentável: oficina mecânica. Acesso em 22 de Julho de 2017, disponível em: http://sustentabilidade.sebrae.com.br/Sustentabilidade/Para%20sua%20empresa/Publica%C3%A7%C3%B5es/Oficinas_ONLINE.pdf.

Smith, V. K., & Ayerbe, C. (2000). Do Painless Environmental Policies Exist? Journal of Risk & Uncertainty, 21(1), 73-94.

Simmie, J. (2004). Innovation and clustering in the globalised international economy. Urban Studies, 41(5-6), 1095-1112.

Söderholm, K. (2009). Environmental awakening in the Swedish pulp and paper industry: pollution resistance and firm responses in the Early 20th century. Business Strategy and the Environment, 18(1), 32-42.

Tang, J. P. (2015). Pollution havens and the trade in toxic chemicals: Evidence from U.S. trade flows. Ecological Economics, 112, 150-160.

Triebswetter, U., & Wackerbauer, J. (2008a). Integrated environmental product innovation and impacts on company competitiveness: a case study of the automotive industry in the region of Munich. European Environmental, 18(1), 30-44.

Triebswetter, U., & Wackerbauer, J. (2008b). Integrated environmental product innovation in the region of Munich and its impact on company competitiveness. Journal of Cleaner Production, 16(14), 1484-1493.

Vlist, A. J., Withagen, C., & Folmer, H. (2007). Technical efficiency under alternative environmental regulatory regimes: the case of Dutch horticulture. Ecological Economics, 63(1), 165-173.

Withagen, C. A., Florax, R. J., & Mulatu, A. (2007). Optimal environmental policy differentials in open economies under emissions constraints. Journal of Economics, 91(2), 129-149.

Wong, S. K. S. (2013). Environmental requirements, knowledge sharing and green innovation: empirical evidence from the electronics industry in China. Business Strategy and the Environment, 22(5), 321-338.

Yang , X., & Yao, Y. (2012). Environmental compliance and firm performance: evidence from China. Oxford Bulletin of Economics and Statistics, 74(3), 397-424.

Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos (2 ed.). Porto Alegre: Bookmann.

Zhang, N. & Choi, Y. (2013). Environmental energy efficiency of China's regional economies: A non-oriented slacks-based measure analysis. The Social Science Journal, 50(2), 225-234.

Downloads

Publicado

2021-07-13

Como Citar

Fujihara, H. M. L., Bertolini, G. R. F., & Ribeiro, I. (2021). Análise da hipótese de porter aplicada a central de negócios automotivos da associação de microempresas e empresas de pequeno porte do oeste do Paraná. Revista Gestão & Tecnologia, 21(2), 156–189. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2021.v21i2.1879

Edição

Seção

ARTIGO