A competividade internacional da Castanha-Do-Brasil: pacote em Software “R” para análise da dinâmica de produto
DOI:
https://doi.org/10.20397/2177-6652/2022.v22i4.2504Palavras-chave:
R-language, Econometria, Negócios Internacionais, Castanha-do-BrasilResumo
Objetivo do estudo: desenvolver um software para análises em linguagem no ambiente “R”, propondo sua utilização em estudos de competitividade e dinâmica de produtos florestais, testando-o no mercado da castanha-do-Brasil no período entre 1998 a 2017.
Metodologia/abordagem: Foram coletados dados de comércio dos países, disponíveis nas bases Un Comtrade e FAS/USDA. Foram calculadas taxas de crescimento, índices de concentração - CRK, Market Share (MS), sendo realizados os ajustes de modelos econométricos entre os principais exportadores do produto: Brasil, Bolívia e Peru. Foram criadas cinco funções dentro do pacote proposto: gráfico 3 linhas, gráfico 4 linhas, Concentration_Ratio, e Taxa de Crescimento, sendo o pacote nomeado como MKTDATA, para fins de referência dentro da comunidade “R”. As funções se mostraram adequadas aos cálculos dos principais métodos para medição de competitividade e dinâmica.
Resultados: concluiu-se que no ajuste dos modelos econométricos foram observadas relações significativas sobre o market share e preço. A Bolívia se demonstrou mais competitiva MS para o mercado dos Estados Unidos, no que tange à alteração de preços, enquanto que as alterações de preço foram mais inconstantes para o Peru. No caso do Brasil, observou-se a ocorrência de períodos de maior e menor estabilidade no mesmo quesito.
Contribuições teóricas/metodológicas: as contribuições metodológicas foram precípuas neste trabalho, com a exploração das potencialidades do processamento do “R”.
Contribuições corporativas e sociais: a utilização do “R”, demonstrou-se robusta e versátil no processamento de dados, proporcionando explorações refinadas da estatística.
Referências
Aguiar, G. P. (2014) Competitividade do Setor Exportador Brasileiro de Castanha-do-Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Amazônia 2030 (2021). Como a Bolívia Dominou o Mercado Global de Castanha-do-Brasil? Amazônia 2030. Disponível: https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2021/08/AMZ-2030-Coslovsky-Castanha-6-agosto-1-1.pdf
Bitencourt, M. A. F.; Resende, O.; Ferreira Junior, W. N.; Santos, M. R.; Andrade, E. G. (2021). Pós-colheita, morfometria e rendimento de castanhas-do-brasil da região amazônica. Alimentos: Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. V. 1 – N. 10. 2020. Disponível em: https://revistascientificas.ifrj.edu.br/revista/index.php/alimentos/article/view/1679. Acesso em: 29 jun. 2021
Chang, M. S. (2011) Exportações brasileiras para a China e o Japão: padrões de especialização e competitividade. 123 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada). Universidade de São Paulo, Piracicaba.
Coelho Junior, L. M.; Rezende, J. L. P.; Oliveira, A. D. (2013) Concentração das exportações mundiais de produtos florestais. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 23, n.4, p. 691-701.
Costa, J. R. et al. (2009). Aspectos silviculturais da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) em sistemas agroflorestais na Amazônia Central. Acta Amaz., Manaus, v. 39, n. 4, p. 843-850. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59672009000400013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25/05/2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0044-59672009000400013
Costa, T. R. D. (2013) Dinâmica das exportações e avaliação da competitividade do setor de base florestal brasileiro no período 1995 a 2011. 158 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Fouqueray, T.; Frascaria-Lacoste, N. (2020) Social sciences have so much more to bring to climate studies in forest research: a French case study. Annals of Forest Science Vol. 77 N⁰ 81.. https://doi.org/10.1007/s13595-020-00989-3
Fujiwara. I., Matsuyama, K. (2022). A Technology-Gap Model of Premature Deindustrialization. STEG Working Paper Series. March 2022. Disponível em: https://steg.cepr.org/sites/default/files/2022-05/WP003%20FujiwaraMatsuyama%20ATechnologyGapModelOfPrematureDeindustrialization.pdf
Gujarati, D. N.; Porter, D. C. (2011). Econometria básica. 5. ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 924 p.
Haref, Q. M., Hashsm, R. T. & Abdullkareem, S. A. (2020), Using R language to analyze and programmingvital data by applying it to a human diseases. International Journal of Psychosocial Rehabilitation, Vol. 24, Issue 10, 2020ISSN: 1475-7192
Krag, M. N. & A. C. Santana (2017). A cadeia produtiva da castanha-do-brasil na região da Calha Norte, Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais 12(3): 363-386. Disponível: http://editora.museu-goeldi.br/bn/artigos/cnv12n3_2017/cadeia(krag).pdf
Lorenzi, H. (2002) Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. v. 1. p.384
Mestiri, S. (2019). How to use the R software. University of Monastir Press. DOI: 10.13140/RG.2.2.18152.83206
Nelson, D. & Fujiwara, L. Projeto castanha-do-brasil – Estado do Amapá. Vinte experiências de gestão pública e cidadania, p. 39-52, 2002.
Pacheco, A.; Scussel, V. M. (2006) Castanha-do-Brasil: da floresta tropical ao consumidor. Florianópolis: Editograf.
Pennacchio, H.L. (2006) Castanha-do-brasil – Proposta de preço mínimo safra 2006. Conab. Brasília: p. 90 -99.
Pimentel, L.D.; Wagner Júnior, A.; Santos, C.E.M.; Bruckner, C.H. (2007) Estimativa de viabilidade econômica no cultivo da castanha-do-brasil. Informações Econômicas, São Paulo, v.37, n.6, jun.
Martins, L; Silva, Z. P. G; Silveira, B. C. (2012) Produção e comercialização da castanha-do-brasil (Bertholletia Excelsa, H.B.K) No estado do Acre- Brasil, 1998-2006. Porto Alegre: Bookman.
Nocentini, S.; Ciancio, O.; Portoghesi, L.; Corona, P. (2021) Historical roots and the evolving science of forest management under a systemic perspective. Canadian Journal of Forest Research. Volume 51, Number 2, February. https://doi.org/10.1139/cjfr-2020-0293
Santos, J. C.; Sena, A. L. S.; Rocha, C. I. L. (2010) Competitividade brasileira no comércio internacional de Castanha-do-Brasil. In: Anais do Congresso Brasileiro da Sociedade de Economia, Administração e Sociologia Rural 48: 1-14.
Santos, W. C.; Sena, C. P.; Santos, R.; Martins, M. (2018). Desenvolvimento de doce de “leite” de castanha-do-brasil (bertholletia excelsa h.b.k) e açúcar mascavo. Scientia Amazonia, V.1, p. 29-36, Disponível: https://scientia-amazonia.org/wp-content/uploads/2018/05/s1-29-36-2018.pdf
Schmidt, C. A. J.; Lima, M. A. (2002). Índices de concentração. Série de documentos de trabalho, n. 13, 8 p. Disponível em:http://161.148.172.82/central-de-documentos/documentos-de-trabalho/documentos-de-trabalho-2002/DocTrab13.pdf
Silva Filho, L.A.; Santos, P.L; Silva, P. S. (2018). Vantagens comparativas e competitividade revelada no comércio de castanha de caju no Ceará. 56⁰ Congresso Sober. 29 de julho a 01 de agosto de Disponível: https://www.researchgate.net/publication/328134751_Vantagens_comparativas_e_competitividade_revelada_no_comercio_de_castanha_de_caju_no_Ceara
Silva, S.M.P. (2010). Estado e políticas públicas no mercado de castanha-do-brasil no estado do Acre: uma análise pela abordagem do desenvolvimento local. Revista Ideas, v.4, n. especial, p. 103-128, jun./ jul.
Sousa, W. P.; Ferreira, L. A. (2006). Os sistemas agrários com castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.) na região sul do Estado do Amapá. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento 2(3): 217-246.
Tonini, H. (2007). Castanheira-do-brasil: uma espécie chave na promoção do desenvolvimento com conservação. Boa Vista: EMBRAPA Roraima, 3 p.
UnContrade - United Nations Commodity Trade Statistics Database. Disponível em http://Contrade.un.org/
Wadt, L. H. O.; Kainer, K. A.; Staudhammer, C. L.; Serrano, R. O. P. (2008). Sustainable forest use in Brazilian extractive reserves: Natural regeneration of Brazil nut in exploited populations. Biological Conservation, n. 141, p. 332-346.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Gestão & Tecnologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos, inclusive os de tradução, são reservados. É permitido citar parte de artigos sem autorização prévia desde que seja identificada a fonte. A reprodução total de artigos é proibida. Em caso de dúvidas, consulte o Editor.