O impacto do empoderamento psicológico no sistema de controle gerencial e nas métricas de desempenho operacional
DOI:
https://doi.org/10.20397/2177-6652/2022.v22i3.2057Palavras-chave:
Central de Atendimento, Empoderamento Psicológico, Métricas de Desempenho Operacional, Sistema de Controle GerencialResumo
Objetivo do estudo: apresentar o projeto de revisão dos processos e responsabilidades dos colaboradores implantado em uma central de atendimento pós-venda com o objetivo de aumentar o empoderamento psicológico de seus colaboradores, detalhando o sistema de controle gerencial (SCG) e as métricas de desempenho operacional (MDO) utilizados e os impactos do respectivo projeto nos indicadores existentes.
Metodologia/abordagem: A metodologia utilizada foi bibliográfica, aplicada, exploratória e pesquisa de campo. Após o entendimento do projeto com o diretor de operações, este pesquisador vivenciou o dia a dia da central de atendimento, observou os atendimentos aos clientes, conversou com colaboradores impactados, acompanhou o processo de seleção e avaliação pela equipe de monitoria, entendeu, resumiu e coletou os resultados dos indicadores que compõem tanto o SCG quanto as MDO.
Originalidade/Relevância: carência de estudos que investigaram os efeitos da adoção do empoderamento psicológico em atividades operacionais. Além disso, os poucos encontrados não apresentam, detalhadamente e de forma prática, o SCG e as MDO utilizados em centrais de atendimento pós-venda.
Principais resultados: o empoderamento psicológico manteve todos os indicadores do SCG e das MDO estáveis, com uma melhora significativa no prazo médio de resposta, através da abertura de chamado, e nos controles de absenteísmo.
Contribuições teóricas/metodológicas: com base nas pesquisas realizadas, percebeu-se a carência de estudos que investigam os efeitos da adoção do empoderamento psicológico em departamentos ou atividades operacionais, sendo que poucos apresentam, detalhadamente, os SCG e MDO adotados em operações de centrais de atendimento. Outra contribuição está no fato de que a implantação do empoderamento psicológico em empresas de grande porte não é tão complexa e improvável de acontecer como é exposto por Henri (2006) e Chenhall (2003, 2006).
Referências
Chenhall, R. H. (2003). Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, organizations and society, 28(2-3), 127-168.
Chenhall, R. H. (2006). Theorizing contingencies in management control systems research. Handbooks of management accounting research, 1, 163-205.
Groen, B. A. C., Wouters, M. J. F., & Wilderom, C. P. M. (2017). Employee participation, performance metrics, and job performance: A survey study based on self-determination theory. Management Accounting Research, 36, 51–66.
Henri, J. F. (2006). Organizational culture and performance measurement systems. Accounting, organizations and society, 31(1), 77-103.
Ho, J. L. Y., Wu, A., & Wu, S. Y. C. (2014). Performance measures, consensus on strategy implementation, and performance: Evidence from the operational-level of organizations. Accounting, Organizations and Society, 39(1), 38–58.
Hopwood, A. G. (1972). An Empirical Study of the Role of Accounting Data in Performance Evaluation. Journal of Accounting Research, 10, 156-182.
Ittner, C., & Larcker, D. (1998). Innovations in Performance Measurement: Trends and Research Implications. Journal of management accounting research, 10, 205–238.
Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1992). The balanced scorecard--measures that drive performance. Harvard business review, 70(1), 71–79.
Malmi, T., & Brown, D. A. (2008). Management control systems as a package-Opportunities, challenges and research directions. Management Accounting Research, 19(4), 287–300.
Melnyk, S. A., Stewart, D. M., & Swink, M. (2004). Metrics and performance measurement in operations management: Dealing with the metrics maze. Journal of Operations Management, 22(3), 209–218.
Merchant, K., & Van Der Stede, W. A. (2007). Management Control Systems - Performance Measurement, Evaluation and Incentives. 2nd. ed. Harlow, Essex, England: Prentice Hall, Pearson Education Limited.
Meyerson, S. L., & Kline, T. J. (2008). Psychological and environmental empowerment: Antecedents and consequences. Leadership & Organization Development Journal. 29(5), 444-460.
Otley, D. (1994). Management control in contemporary organizations: towards a wider framework. Management Accounting Research, 5(3–4), 289–299.
Richardson, R. J. (2007). Pesquisa Social - Métodos e Técnicas. 3a ed. São Paulo: Atlas.
Sheth, J., Mittal, B., & Newman, B. I. (2001). Comportamento do cliente: indo além do comportamento do consumidor. 1a ed. São Paulo: Atlas.
Shields, J. F., & Shields, M. D. (1998). Antecedents of participative budgeting. Accounting, Organizations and Society, 23(1), 49–76.
Simons, R. (1987). Accounting control systems and business strategy: An empirical analysis. Accounting, Organizations and Society, 12(4), 357–374.
Simons, R. (2000). Performance measurement and control systems for implementing strategy. Upper Saddle River, New Jersey: Prentice Hall.
Spreitzer, G. M. (1995). Psychological, Empowerment in the Workplace: Dimensions, Measurement and Validation. Academy of Management Journal, 38(5), 1442–1465.
Spreitzer, G. M., Kizilos, M. A., & Nason, S. W. (1997). A dimensional analysis of the relationship between psychological empowerment and effectiveness, satisfaction, and strain. Journal of Management, 23(5), 679–704.
Thomas, K. W., & Velthouse, B. A. (1990). Cognitive Elements of Empowerment: An “Interpretive” model of intrinsic task motivation. Academy of management review, 15(4), 666-681.
Vergara, S. C. (2000). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3a ed. São Paulo: Atlas.
Wouters, M., & Roijmans, D. (2011). Using prototypes to induce experimentation and knowledge integration in the development of enabling accounting information. Contemporary Accounting Research, 28(2), 708–736.
Zülzke, M. L. (1990). Abrindo a empresa para o consumidor. 4a ed. Rio de Janeiro: Qualitymark.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Gestão & Tecnologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos, inclusive os de tradução, são reservados. É permitido citar parte de artigos sem autorização prévia desde que seja identificada a fonte. A reprodução total de artigos é proibida. Em caso de dúvidas, consulte o Editor.