Financiamento da saúde: proposição e avaliação de um modelo estimativo de custeio global de hospitais prestadores de serviços ao SUS
DOI:
https://doi.org/10.20397/2177-6652/2021.v21i2.2034Palavras-chave:
Financiamento da saúde. Simulação Custeio Hospitalar Global. Informações de Custos em saúde. Remuneração dos prestadores de serviços ao SUS. Mecanismos de pagamento a prestadores do SUSResumo
Introdução – O uso das informações de custos hospitalares deve fundamentar a discussão sobre o financiamento do SUS, a vertente microeconômica, de modo a subsidiar politicas de repasse aos prestadores hospitalares. Objetivo - A pesquisa objetiva a proposição de um modelo da estimativa de custeio global de unidades hospitalares prestadores de serviços ao SUS visando subsidiar decisões de financiamento. Metodologia: Tomando como base a Teoria Contingencial e a Análise Fundamentalista, esta pesquisa recorre ao método de triangulação, para compreender a realidade institucional pesquisada; ao software @Risk, para simular o custeio hospitalar global; e a um Grupo de Foco ou Painel de Especialistas, para aprofundar a compreensão do modelo proposto. Resultados da pesquisa – Foram identificados os construtos dos módulos hospitalares como critérios de representação dos serviços hospitalares prestados ao SUS. Para simular o custo hospitalar global, a pesquisa utilizou a base de conhecimento de custos da FHEMIG. Acrescentou-se, como refinamento ao modelo, uma Equação de Ajuste. Esta, foi composta de variáveis capazes de particularizar hospitais e cuja ponderação, permitiu refinar ainda mais os valores mínimo e máximo gerados pelo modelo. A Equação de Ajuste “aponta” o percentil da simulação para o ajuste do custeio global a hospitais mais específicos. Conclusão – Fundamentado em informações de custos processadas nos moldes desta pesquisa, o modelo de estimativa global hospitalar permite a discussão do financiamento da saúde, gerando evidências que viabilizam políticas de remuneração mais justas e realistas aos hospitais prestadores de serviços ao SUS.
Referências
Alemão, M. M., Martins, A. C. de B., & Chaves, J. G. (2010). Implantação do Sistema de Custos na Rede FHEMIG. RAHIS, 0(4), 50–61. http://revistas.face.ufmg.br/index.php/rahis/article/view/957/741
BANCO_MUNDIAL. (2007). Brasil Governança no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil : Melhorando a Qualidade do Gasto Público e Gestão de Recursos. 2016.05.04.
Bouzada, M. A. C. (2013). Simulação versus Mmtodos analíticos : uma ferramenta didática na forma de discussão teórica. Revista Eletronica de Administração, 12(16799127), 84–95. http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rea Revista
BRASIL. (2011). SUS: avanços e desafios (2a Edição, Coleção Para Entender a Gestão Do SUS). Conselho Nacional de Secretários de Saúde CONASS.
BRASIL. (2013). Introdução à gestão de custos em saúde. In Série Gestão e Economia da Saúde (V.2; 1a Ed., Vol. 2). Editora do Ministério da Saúde. http://saudepublica.bvs.br/pesquisa/resource/pt/lil-750392
BRASIL, M. da S.-D. (2016). Departamento de Informática do SUS - DATASUS. http://datasus.saude.gov.br/
BRASIL, TCU (2009). Critérios gerais de controle interno na Administração Pública (Um Estudo Dos Modleos e Das Normas Disciplinadoras Em Diversos Países).
BRUYNE, P. de, HERMAN, J., & SCHOUTHEETE, M. de. (1977). Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os pólos da pesquisa metodológica. Editora Francisco Alves.
Burns, T., & Stalker, G. M. (1961). The management of innovation. Tavistock. https://doi.org/citeulike-article-id:1423577
Chia, R. (1997). Essai: Thirty Years On: From Organizational Structures to the Organization of Thought. Organization Studies, 18(4), 685–707. https://doi.org/10.1177/017084069701800406
Clements, B., Coady, D., & Gupta, S. (2012). The Economics of Public Health Care Reform in Advanced and Emerging Economies (B. Clements, D. Coady, & S. Gupta (eds.); 1st ed.). International Monetary Fund, IMF Publications.
Damodaran, A. (1999). Estimating risk parameters. New York University Working Papers, 31. http://archive.nyu.edu/handle/2451/26906
Damodaran, A. (2007). Avaliação de Empresas (2a Edição). Prentice Hall Brasil.
Damodaran, A. (2010). Avaliação de Investimentos - Ferramentas e Técnicas para a Determinação do valor de qualquer ativo. Qualitymark.
Donaldson, L. (1999). Teoria da contingência estrutural. In S. R. CLEGG, C. HARDY, & W. R. NORD (Eds.), Handbook de estudos organizacionais: modelos de análise e novas questões em estudos organizacionais (Vol. 1, pp. 105–133). Editora Atlas.
Emmanuel, C., Otley, D., & Merchant, K. (1990). Accounting for management control. In Accounting for Management Control. Springer US. https://doi.org/10.1007/978-1-4899-6952-1_13
Espejo, M. M. dos S. B. (2008). Perfil dos atributos do sistema orçamentário sob a perspectiva contingencial: uma abordagem multivariada. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo.
EVANS, J.; OLSON, D. (1998). Introduction to simulation and risk analysis (U. S. River (ed.)). Prentice-Hall.
Felipe, P. L. D. N., Silva, A. P. F. da, Pinho, M. A. B. de, & Andrade, H. C. (2012). Dificuldades encontradas durante a implantação de sistema de custos : um estudo realizado com base em artigos do congresso brasileiro de custos (XIX).
FHEMIG. (2016). www.fhemig.mg.gov.br. Fundação Hospitalar Do Estado de Minas Gerais. WWW.fhemig.mg.gov.br
Gonçalves, C. A., & Meirelles, A. de M. (2004). Projetos e Relatórios de pesquisa em administração (Atlas (ed.)).
GONÇALVES, M. A., Alemão, M. M., Muniz, R. M., & Santos, L. M. dos. (2010). Modes of governance and the use of cost information: A comparative study between Brazilian and British hospitals. Corporate Ownership and Control, 7(4 D), 365–379. http://www.scopus.com/inward/record.url?eid=2-s2.0-84897148969&partnerID=40&md5=b661691ab287859775238d68bb358970
Gonçalves, M. A., GONÇALVES, C. A., & Alemão, M. M. (2011). Decision making process and modes of governance: A Comparative study between Brazilian and British hospitals. Corporate Ownership & Control (Print), 8, 177–187. 17279232
Lawrence, P. R., & Lorsch, J. W. (1967). Differentiation and integration in complex organizations. Administrative Science Quarterly, 1(12), 1–47. http://www.jstor.org/stable/2391211
Microsoft. (2010). Excel.
MINTZBERG, H. (1995). Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações.
Motta, F. C. P., & Vasconcelos, I. F. G. (2002). Teoria Geral da Administração. Thompson.
Nelson, R. R., & Winter, S. G. (2009). An Evolutionary Theory of Economic Change (1. Ed.). Harvard University. https://doi.org/10.3233/BEN-1993-6111
OECD. (2010). Value for Money in Health Spending. https://doi.org/10.1787/9789264088818-en
OECD Health Policy Studies. (2010). Value for Money in Health Spending (1. Ed.). OECD Health Policy Studies. https://doi.org/10.1787/9789264088818-en
OPAS. (2018). Relatorio 30 Anos de SUS, que SUS para 2030?
Palisade Corporation. (2016). @RISK Program. www.paralise.com. www.palisade.com/
Perrow, C. (1967). A Framework for the Comparative Analysis of Organizations. American Sociological Review, 32(2), 194–208. https://doi.org/10.2307/2091811
Piola, S. F., Servo, L. M., de Sa, E. B., & de Paiva, A. B. (2012). Financiamento do Sistema Unico de Saude: Trajetoria Recente e Cenarios para o Futuro. Analise Economica, 30, 9–33. http://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/issue/archive%5Cnhttp://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=ecn&AN=1391960&site=ehost-live&scope=site
Pompermayer, C. B. (1999). Sistemas de gestão de custos: dificuldades na implantação. 21–28.
POPPE, F. (2011). A saúde no Rio de Janeiro: o velho compromisso pendente. In A. URANI & F. GIAMBIAGI (Eds.), Rio: a hora da virada (1a Ed., pp. 213–226). Elsevier.
Pugh, D. S., Hickson, D. J., Hinings, C. R., & Turner, C. (1968). Dimensions of Organization Structure. Administrative Science Quarterly, 13(1), 65–105. https://doi.org/10.2307/2391262
Rocha Filho, F. dos S., & Silva, M. G. C. da. (2009). Análise de custos com pessoal e produtividade de equipes do programa de saúde da família em Fortaleza, Ceará. Ciência & Saúde Coletiva, 14(3), 919–928. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000300028
ROSA, M. R. R., & Coelho, T. C. B. C. (2011). O que dizem os gastos com o Programa Saude da Familia em um municipio da Bahia? Caderno Saude Coletiva, 16, 18663–1874. http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n3/21.pdf
Santo, A. C. G. do E., & Tanaka, O. Y. (2011). Financiamento, gasto e oferta de serviços de saúde em grandes centros urbanos do estado de São Paulo (Brasil). Ciência & Saúde Coletiva, 16(3), 1875–1885. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000300022
Sousa, M. F. de, & Hamann, E. M. (2009). Programa Saúde da Família no Brasil: uma agenda incompleta? Ciência & Saúde Coletiva, 14, 1325–1335. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000800002
Strategy Consultoria. (2016). Indicadores Financeiros FIPE SAUDE. http://www.strategyconsultoria.com.br/index.php?p=indicadores.php&CD=FIPE
Teixeira, H. V., & Teixeira, M. G. (2003). Financiamento da saúde pública no Brasil: a experiência do Siops. Ciência & Saúde Coletiva, 8(2), 379–391. https://doi.org/10.1590/S1413-81232003000200005
Thompson, J. D. (1967). Organizations in action: social science bases of administration. In New York et al. McGraw-Hill. https://doi.org/{{{doi}}}
Varabyova, Y., & Müller, J.-M. (2016). The efficiency of health care production in OECD countries: A systematic review and meta-analysis of cross-country comparisons. Health Policy, 120, 252–263. https://doi.org/10.1016/j.cej.2011.01.024
Vazquez, D. A. (2011). Efeitos da regulação federal sobre o financiamento da saúde. Cadernos de Saúde Pública, 27(6), 1201–1212. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000600017
Viegas, S. M. da F., & Penna, C. M. de M. (2013). O SUS é universal, mas vivemos de cotas. Ciência & Saúde Coletiva, 18(1), 181–190. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000100019
Woodward, J. (1970). Industrial organization: Behaviour and control (1. Ed.). Oxford University Press.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Gestão & Tecnologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos, inclusive os de tradução, são reservados. É permitido citar parte de artigos sem autorização prévia desde que seja identificada a fonte. A reprodução total de artigos é proibida. Em caso de dúvidas, consulte o Editor.