Política pública e diversidade: reflexões a partir do pensamento pós-moderno
DOI:
https://doi.org/10.20397/2177-6652/2006.v6i2.177Resumo
Este trabalho tem como premissa que as práticas correntes de formulação e avaliação de políticas públicas não dão conta da diversidade de condições culturais, sociais e de desenvolvimento político naturais em um país com a dimensão do Brasil. Na medida em que os formuladores de políticas se esforçam por tratar igualmente os desiguais confirmam-se ou agravam-se diferenças historicamente conformadas. As Autoras propõem que o pensamento pós-moderno tem um grande potencial de contribuição ao modus faciendi das políticas públicas. Não se trata de descartar, mas problematizar as verdades indiscutíveis, as generalizações e abrir espaços para o ecletismo. As autoras defendem a gradual substituição da atitude "instrutiva" e "disciplinadora", característica das práticas vigentes, pela disposição para entender e apreciar a heterogeneidade. O artigo é, antes de tudo, um convite à modéstia cognitiva por parte do centro, sem a qual não tem lugar a aprendizagem contínua, o enfrentamento compartilhado e as adaptações pontuais sempre que oportunas. Adaptativo por natureza, o processo criaria espaços para a experimentação, a diversidade e a aprendizagem.
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