Reação à Mudança Organizacional: A Implantação do Lean Thinking na Empresa Beta

Vera L. Cançado, Teresa Mônica Costa Santos

Resumo


As mudanças organizacionais podem suscitar reações diversas, desde a aceitação até a resistência. Neste artigo, objetiva-se analisar a reação dos colaboradores ao processo de mudança organizacional, frente a implantação do Lean Thinking, na Empresa Beta. Foi realizado um estudo quantitativo e qualitativo, com a aplicação de 123 questionários a colaboradores; e entrevistas a 15 pessoas-chave que detinham conhecimento sobre o processo. Os resultados indicaram que a mudança foi caracterizada como tecnológica. Os respondentes consideraram que a exposição à mudança ocorreu de maneira formal, gerando uma resposta inicial de aceitação parcial da mudança (consistência moderada). A partir do processamento da mudança, o comportamento predominante foi de aceitação. Alguns moderadores interferiram, sendo os mais relevantes o hábito, que gera uma zona de conforto nas pessoas e a experiência anterior mal sucedida, que torna as pessoas descrentes em relação às mudanças futuras.

 


Palavras-chave


Mudança organizacional; Reação à mudança; Lean Thinking.

Texto completo:

PDF

Referências


Araújo, L.C.G. (1982). Mudança Organizacional na Administração Pública Federal Brasileira. 1982. Tese (Doutorado em Administração) - Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas.

Baron, R. A.; Greenberg, J. (1999). Behavior in organizations: understanding and managing the human side of work. 3. ed. London: Allyn and Bacon.

Baldwin, T., Rubin, R., & Bommer, W. (2008). Desenvolvimento de habilidades gerenciais. Rio de Janeiro: Elsevier.

Bressan, C. L. (2001). Uma contribuição à compreensão do fenômeno da mudança organizacional a partir da percepção gerencial. 2001. Dissertação (Mestrado) — Instituto de Psicologia/UnB, Brasília.

Bruno-Faria, M. F. F. (2003). Criatividade, inovação e mudança organizacional. In: Lima, S. M. V. (org.). Mudança organizacional: teoria e gestão. Rio de Janeiro: Editora FGV, p. 111-142.

Chaves, R. C. (2005). Resistência à mudança: um estudo das relações entre moderadores individuais e organizacionais, atitudes e comportamentos de servidores de uma instituição pública em processo de mudança. 2005. 185f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração, Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Crawford, Richard. Na era do capital humano. São Paulo: Atlas, 1994.

Daft, R. L. (2003). Organizações: teorias e projetos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Davis, K.; Newstron, J.W. (2001). Comportamento humano no trabalho: uma abordagem organizacional. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Fischer, R. M. (2002). Mudança e transformação organizacional. In: Fleury, M. T. L. (Org.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente, p. 147-164.

Fischer, A. B. (1995). Making change stick. Fortune, p 121-129..

Hair, J. F. et al. (2005). Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman.

Hall, R. H. (2004). Organizações: estruturas, processos e resultado. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

Hernandez, J. M. C., & Caldas, M. P. Resistência à mudança: uma revisão crítica. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 41(2), 31-45.

Judson, A. (1969). Relações humanas e mudanças organizacionais. São Paulo: Atlas.

Kotter, J. P. (1999). Liderando mudança. Rio de Janeiro: Campus.

Kotter, J. P., & Schlesinger, L. A. (1986). A escolha de estratégias para mudanças. In: COLEÇÃO Harvard de Administração. São Paulo: Nova Cultural, v.7, p. 7-28.

LEAN ENTERPRISE INSTITUTE. (2007). Léxico Lean: glossário ilustrado para praticantes do pensamento Lean. 2ª ed. São Paulo: Lean Institute Brasil.

Lewin, K. (1964). Field theory in social science: selected theoretical papers. New York: Harper & Row.

LIKER, J. K. (2004). O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. 1 ed. Porto Alegre: McGraw-Hill.

Lima, S. M. V, & Bressan, C. L. (2003). Mudança organizacional: uma introdução. In: Lima, S. M. V. (org.). Mudança organizacional: teoria e gestão. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. p. 17-63.

Motta, P. R. (2000). Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Nadler, D.A., Shaw, R.B., & Walton, A.E. (1994) Discontinuous Change: leading organizational transformation. San Francisco: Jossey-Bass.

Ohno, T. (1997). O sistema Toyota de produção: além da produção em larga escala. São Paulo: Bookman, 1997.

Pettigrew, A. M. (1985). Contextualist research: a natural way to link theory and pratice. In: Lawler III, E.E. et al. (Ed.) Doing research: that is useful for theory and pratice. São Francisco, CA: Jossey-Bass.

Porras, J. I.; Robertson. (2003).Organizational development: theory, practice, and research. In: Dunnette, M. D.; Hough, L. M. (Orgs.). Handbook of Industrial and organizational Psychology. Palo Alto, Califórnia: Consulting Psychologists Press, p.719-822.

Roesch, S. M. A. (2005). Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. São Paulo: Atlas.

Rother, M.; Shook, J. (2003). Aprendendo a enxergar: mapeando o fluxo de valor para agregar valor e eliminar o desperdício. 1 ed. São Paulo, Brasil: Lean Institute Brasil.

Shingo, S. (1996). Sistemas de produção com estoque zero. 2. ed. Porto Alegre: Bookman.

Tanure, B., & Soares, P. (2007). Modelo de transformação organizacional. Belo Horizonte: Betania Tanure Associados (Texto de discussão).

Ulrich, D. (1998). Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura..

Ulrich, D. (Org.). (2000). Recursos humanos estratégicos: novas perspectivas para os profissionais de RH. São Paulo: Futura.

Ulrich, D., Allen, J., Brockbank, W., Younger, J., & Nyman, M. (2011). A transformação do RH: Construindo os recursos humanos de dentro para fora. Porto Alegre: Bookman.

Vergara, S. C. (2000). Gestão de pessoas. 2. ed. São Paulo: Atlas.

Vergara, S. C. (2000a) Projetos e relatórios de Pesquisa em Administração. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: Atlas.

Wilson, D.C. (1992). A strategy of change: Concepts and controversies in the management of change. New York: Routledge.

Womack, J. P., & Jones, D. T. (2004). A mentalidade enxuta nas empresas: Lean Thinking. Rio de Janeiro: Elsevier.

Wood Jr, T. (2009). Mudança organizacional: aprofundando temas atuais em administração de empresas. 5a. Ed. São Paulo: Atlas.

Wood Jr, T., Curado, I. B., & Campos, H. M. (1994). Vencendo a crise: mudança organizacional na Rhodia Farma. RAE – Revista de Administração de empresas. São Paulo, 34(5), 62-79, set/out. 1994.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de Pesquisa em Administração. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2000.

WOMACK, J. P.; JONES, D. T. A mentalidade enxuta nas empresas: Lean Thinking. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Wood Jr, T. (2004). Mudança organizacional: aprofundando temas atuais em administração de empresas. 5a. Ed. São Paulo: Atlas.

WOOD JR, T.; CURADO, I. B.; CAMPOS, H. M. Vencendo a crise: mudança organizacional na Rhodia Farma. RAE – Revista de Administração de empresas. São Paulo, v. 34, n. 5, p. 62-79, set/out. 1994.




DOI: https://doi.org/10.20397/2177-6652/2014.v14i1.592

Métricas do artigo

Carregando Métricas ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2014 Revista Gestão & Tecnologia

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.