A determinação do valor de uma patente da área de nanotecnologia

Francielle Rodrigues Souza, Macilene Gonçalves de Lima, Viviane Mota Messias, Stefânia Moura Lima

Resumo


Objetivo do estudo: O artigo tem por objetivo apresentar formas adequadas para a avaliação de patentes decorrentes de novos produtos/processos desenvolvidos em centros de pesquisa e universidades.

 

Metodologia/abordagem: Trata-se de um estudo de caso de um pedido de patente ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) contemplando o processo de obtenção de óxido de grafeno e grafeno puro desenvolvido em uma universidade pública brasileira

 

Originalidade/relevância: A transferência de conhecimento das universidades para o setor produtivo é essencial para a sociedade, pois há uma estreita relação entre o avanço científico e tecnológico e o estágio de desenvolvimento de uma nação. Contudo, no país, são escassos os estudos acadêmicos aplicados sobre o tema o que dificulta uma adequada precificação do bem ou serviço a ser transferido à iniciativa privada.

 

Principais resultados: Os resultados apontam que o ativo em questão é capaz de gerar ao negócio receitas livres que suplantam o investimento necessário e tem um valor significativo.

 

Contribuições teóricas/metodológicas: Procedeu-se a uma incursão na teoria de finanças corporativas adaptando métodos e procedimentos inerentes ao modelo de fluxo de caixa descontado e à teoria de opções reais que ensejaram uma aplicação adequada ao estudo de valor de uma patente.

 

Contribuições sociais / para a gestão: O estudo pode contribuir para que as pesquisas desenvolvidas nas universidades cheguem à sociedade na forma de novos produtos, processos e serviços e remunerem adequadamente os esforços das instituições e de seus pesquisadores.

 


Palavras-chave


Avaliação de patentes; Grafeno; Ciência e tecnologia

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DOI: https://doi.org/10.20397/2177-6652/2023.v23i1.2523

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