Comparação entre fundos de investimento etf e fip no Brasil: taxas e custos afetam os fluxos desses fundos?

Aziz Xavier Beiruth, Claudinea Goulart de Oliveira Costa

Resumo


Objetivo: Visa apresentar o impacto dos custos e taxas aplicadas nos fundos por seus gestores e verificar se esses fatores são determinantes para os investidores optarem por aplicar ou resgatar no investimento. Investiga se os retornos pré e pós despesas administrativas explicam a captação líquida dos fundos e mostra se tais fatores os tornam mais atrativos ou menos atrativos.

Metodologia/abordagem: A análise teve por base o período de 2005 a 2017, a análise partiu mostrando a frequência de Sharpe (1966). Foram apresentados resultados empíricos de modelos de regressão linear múltipla.

Originalidade/Relevância: Observou-se que os custos e taxas são fatores determinantes para a escolha do investimento, tanto ETF quanto no FIP, porém não são causas decisivas para o resgate da aplicação.

Principais resultados: Pôde-se demonstrar que custos e taxas oferecidos por esses fundos de investimentos, afetam positivamente para a captação dos dois fundos. Ainda que a performance do retorno bruto nos fundos ETFs seja maior, esse efeito, no retorno líquido sobre a captação líquida, é menor se comparado aos fundos de pensão.

Contribuições teóricas/metodológicas: O estudo compara os Exchange Traded Funds (ETFs) com os Fundos de Investimentos Previdenciários (FIP), conhecidos como Fundos de Pensão.


Palavras-chave


ETF; Fundos de Pensão; Fundos de Investimentos; Retorno; Taxas.

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DOI: https://doi.org/10.20397/2177-6652/2022.v22i4.2195

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