Inovação organizacional como alternativa para a eficiência na prestação de serviços jurisdicionais

Isabelle de Baptista, Leonel Cezar Rodrigues, Priscila Rezende da Costa

Resumo


Muitas pesquisas têm sido conduzidas sobre a definição e evolução do tema inovação organizacional, como também sobre o impacto deste tipo de inovação no desempenho organizacional. Considerando as deficiências na prestação de serviços pelo Poder Judiciário brasileiro, como o grande número de processos a cargo de uma estrutura administrativa insuficiente, observa-se as possíveis vantagens da adoção e implementação da inovação organizacional na prestação de serviços jurisdicionais. Por isso, além de explanar sobre a inovação organizacional, exploramos o tema da inovação na gestão pública brasileira, e em específico, na gestão do Poder Judiciário. Desta forma, pretende-se, analisar a possibilidade da inovação organizacional contribuir para melhoria dos serviços prestados pelo Poder Judiciário.


Palavras-chave


Inovação Organizacional; Prestação de Serviços Jurisdicionais; Poder Judiciário Brasileiro; Inovação no Setor Público

Texto completo:

PDF

Referências


Abramo, C. W. (2010). Tempos de espera no Supremo Tribunal Federal. Retrieved from http://direitosp.fgv.br/node/2447

Araújo, C. C. S. de A., Modolo, D., & Carneiro Jr., E. (2018). Identificação e categorização das principais referências usadas em publicações em inovação organizacional. Revista Brasileira de Gestão E Inovação, 5(2), 132–158.

Armbruster, H., Bikfalvi, A., Kinkel, S., & Lay, G. (2008). Organizational innovation: The challenge of measuring non-technical innovation in large-scale surveys. Technovation, 28(10), 644–657. https://doi.org/10.1016/j.technovation.2008.03.003

Birkinshaw, J. M., Hamel, G., & Mol, M. (2008). Management innovation. Academy of Management Review, 33(4), 825–845. https://doi.org/10.5465/AMR.2008.34421969

Bonavides, P. (2011). Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros.

Brandão, S. M., & Bruno-Faria, M. de F. (2017). Barreiras à Inovação em Gestão em Organizações Públicas do Governo Federal Brasileiro: Análise e percepção de Dirigentes. In P. Cavalcante, M. Camões, B. Cunha, & W. Severo (Eds.), Inovação no Setor Público: Teoria, Tendências e Casos no Brasil (p. 266). Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.

Camisón, C., & Villar-López, A. (2011). Non-technical innovation: Organizational memory and learning capabilities as antecedent factors with effects on sustained competitive advantage. Industrial Marketing Management, 40(8), 1294–1304. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2011.10.001

Camisón, C., & Villar-López, A. (2014). Organizational innovation as an enabler of technological innovation capabilities and firm performance. Journal of Business Research, 67(1), 2891–2902. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2012.06.004

Camões, M. R. de S., Severo, W. da R., & Cavalcante, P. (2017). Inovação na Gestão Pública Federal: 20 anos do prêmio inovação. In P. Cavalcante, M. Camões, B. Cunha, & W. Severo (Eds.), Inovação no Setor Público: Teoria, Tendências e Casos no Brasil (p. 266). Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.

Canotilho, J. J. G. (2003). Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina.

Castro, A. S. (2011). Indicadores Básicos e Desempenho da Justiça Estadual de Primeiro Grau no Brasil. Retrieved from http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=9605

Cavalcante, P., & Camões, M. (2017). Inovação no Setor Público: Avanços e Caminho a Seguir no Brasil. In P. Cavalcante, M. Camões, B. Cunha, & W. Severo (Eds.), Inovação no Setor Público: Teoria, Tendências e Casos no Brasil (p. 266). Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.

Chiovenda, G. (2002). Instituições de Direito Processual Civil - Volume II. Campinas: Bookseller.

CNJ. (2016). Justiça em números 2016: Ano-base 2015. Brasília.

Daft, R. L. (1978). A dual-core model of organizational innovation. Academy of Management Journal, 21(2), 193–210.

Damanpour, F. (1991). Organizational innovation: A meta-analysis of effects of determinants and moderators. Academy of Management Journal, 34(3), 555–590. https://doi.org/10.2307/256406

Damanpour, F., & Aravind, D. (2011). Managerial Innovation: Conceptions, Processes, and Antecedents. Management and Organization Review, 2(8), 1–32. https://doi.org/10.1111/j.1740-8784.2011.00233.x

Damanpour, F., & Evan, W. M. (1984). Organizational and performance : The problem of “organizational lag.” Administrative Science Quarterly, 29(3), 392–409.

Damanpour, F., & Schneider, M. (2009). Characteristics of Innovation and Innovation Adoption in Public Organizations: Assessing the Role of Managers. Journal of Public Administration Research and Theory, 19(3), 495–522. https://doi.org/10.1093/jopart/mun021

De Vries, H., Bekkers, V., & Tummers, L. (2016). Innovation in the public sector: A systematic review and future research agenda. Public Administration, 94(1), 146–166. https://doi.org/10.1111/padm.12209

Dobrowolski, S. (1990). Novas Funções e Estrutura do Poder Judiciário na Constituição de 1988 : Uma Introdução. Retrieved from http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/175812

Evangelista, R., & Vezzani, A. (2010). The economic impact of technological and organizational innovations: A firm-level analysis. Research Policy, 39(10), 1253–1263.

Fachada, P., Figueiredo, L. F., & Lundberg, E. (2003). Notas Técnicas do Banco Central do Brasil (n. 35 - maio). Brasília.

Fraisse, H., Kramarz, F., & Prost, C. (2009). Labor court inputs, judicial cases outcomes and labor flows: Identifying real EPL. Paris.

Frambach, R. T., & Schillewaert, N. (2002). Organizational innovation adoption: A multi-level framework of determinants and opportunities for future research. Journal of Business Research, 55(2), 163–176. https://doi.org/10.1016/S0148-2963(00)00152-1

Gomes, A.O., & Guimarães, T.A. (2013). Desempenho no Judiciário: conceituação, estado da arte e agenda de pesquisa. Revista de Administração Pública, 47(2), 379–401.

Hwang, A.-S. (2004). Integrating technology, marketing and management innovation. Research-Technology Management, 47(4), 27–31. https://doi.org/10.1177/135050849743007

Kimberly, J. R., & Evanisko, M. J. (1981). Organizational innovation: the influence of individual, organizational and contextual factors on hospital adoption of technological and adminstrative innovations. Academy of Management Journal, 24(4), 689–713. https://doi.org/10.2307/256170

Knight, K. E. (1967). A descriptive model of the intra-firm innovation process. The Journal of Business, 40(4), 478–496. https://doi.org/10.1086/521238

Lam, A. (2004, April). Organizational Innovation [MPRA Paper].

Lewandowski, E. R. (2009). O protagonismo do Poder Judiciário na era dos direitos. Revista de Direito Administrativo, 251(0), 77–85.

Mansfield, E. (1994). Intellectual Property Protection, Foreign Direct Investment, and Technology Transfer (No. 19). Washington, D.C.

Mansfield, E. (1995). Intellectual property protection, direct investment, and technology transfer: Germany, Japan, and the United States (No. 27). Washington, D.C.

Marmelstein, G. (2013). Curso de Direitos Fundamentais. São Paulo: Atlas.

Medeiros, M.J.S.P. de. (2006). Inovações na administração e funcionamento da justiça federal - um novo juiz para um novo poder. Revista CEJ, n. 33, 62-71.

Meyer, A. D., & Goes, J. B. (1988). Organizational assimilation of innovations: A multilevel contextual analysis. Academy of Management Journal, 31(4), 897–923. https://doi.org/10.2307/256344

Morais, A. (2001). Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional. São Paulo: Atlas.

OECD. (2005). Oslo Manual - Guidelines for Collecting and Interpreting Innovation Data (Third Edition). Paris, France: OECD.

Petticrew, M., & Roberts, H. (2008). Systematic reviews in the social sciences: A practical guide. John Wiley & Sons.

Sadek, M. T. (2004). Judiciário: Mudanças e reformas. Estudos Avançados, 18(51), 79–101.

Sousa, M.M., & Guimarães, T.A. (2017). The adoption of innovations in Brazilian labour courts from the perspective of judges and court managers. Revista de Administração, 52, 103-113.

Stumpf, J. da C. (2008). Poder judiciário: Morosidade e inovação. Fundação Getúlio Vargas - FGV.

Taylor, M. M. (2005). Citizens against the State: the riddle of high impact, low functionality courts in Brazil. Brazilian Journal of Political Economy, 25(4), 418–438.

Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429–472. http://doi.org/10.1177/1094428114562629




DOI: https://doi.org/10.20397/2177-6652/2019.v19i4.1365

Métricas do artigo

Carregando Métricas ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2019 Revista Gestão & Tecnologia

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.